Mulheres defendem mudança cultural para acabar com violência

Imagem: Audiência pública foi realizada nesta quinta-feira no plenário Júlio Maia.
Audiência pública foi realizada nesta quinta-feira no plenário Júlio Maia.
07/11/2013 - 16:26 Por: Paulo Fernandes    Foto: Roberto Higa

Realizada no plenário Júlio Maia, a audiência pública “Onde há violência, perde-se o respeito” foi palco, nesta quinta-feira (7/11), de debate sobre medidas para combater as agressões contra as mulheres.

A 3ª vice-presidente da Assembleia Legislativa, Mara Caseiro (PTdoB), proponente do evento, sugeriu a inclusão de uma disciplina de igualdade de gênero no currículo escolar. Ela explicou que é uma medida importante para promover uma mudança cultural, contra o machismo. “Abrigos são importantes, centros e delegacias especializados também, mas a sociedade não pode continuar educando os homens para serem machões. Defendemos um novo conceito onde homens e mulheres possuem os mesmos direitos”, disse.

A 2ª vice-presidente, Dione Hashioka (PSDB), concorda com Mara que é necessário promover uma mudança cultural. Ela acrescentou ainda que a religião é outra coisa importante no combate à violência de gênero. “Estamos hoje firmando um compromisso de combate à violência, tomando consciência e defendendo nossos direitos”, declarou. “Queremos assegurar às mulheres o direito de viver sem medo e com igualdade”.

A subsecretária da Mulher e da Promoção da Cidadania do Governo do Estado, Thai Loschi, explicou que Campo Grande e Mato Grosso do Sul lideram os índices de telefonemas para o Disque 180, que recebe denúncias de violência contra as mulheres. Somente neste ano, até setembro, o serviço 180 recebeu 2.372 telefonemas do Estado.

Para ela, isso é resultado do trabalho de divulgação do Disque 180 e pela qualidade do trabalho da rede de enfrentamento à violência contra a mulher. “Campo Grande é a capital em 1º lugar do Brasil em ligações, isso se deve ao trabalho das delegacias especializadas, postos de saúde e dos operadores do Direito”, contou.
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