Sobras de vacinas contra aftosa geram R$ 2 mi em prejuízos

Imagem: Outra proposta, segundo o deputado, é ceder as vacinas às aldeias.
Outra proposta, segundo o deputado, é ceder as vacinas às aldeias.
12/11/2013 - 11:42 Por: Heloíse Gimenes    Foto: Giuliano Lopes

Desde 2007, a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) proíbe a transferência de sobras de vacinas contra a febre aftosa e com isso os frascos que restam são jogados no lixo. Somente na campanha de vacinação de 2012, o descarte causou o prejuízo de R$ 2 milhões. Na sessão desta terça-feira (12/11), o deputado estadual Osvane Ramos (Pros) sugeriu três opções para resolver o problema que afeta os produtores rurais de Mato Grosso do Sul.

“Foram mais de um milhão de doses jogadas no lixo, ou seja, mais de R$ 2 milhões de prejuízo. Com esse recurso, o Estado poderia investir em saúde, educação, moradias e segurança pública”, informou o parlamentar na tribuna.

Osvane sugeriu que a Iagro elabore uma portaria, permitindo a transferência entre propriedades rurais de um mesmo dono. Também propôs que as sobras fossem doadas ao Estado. “Desta forma, as vacinas seriam cedidas às aldeias, assentamentos e propriedades da zona periférica”, explicou.

Uma terceira alternativa ainda foi apresentada pelo deputado. “A melhor saída seria a criação de um conselho formado por órgãos estaduais e federais, obrigando as grandes multinacionais a fabricarem frascos com cinco doses, já que hoje são oferecidos frascos com 50 ou 10 doses”, concluiu.
Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.