CPI da Saúde realiza mais 3 depoimentos relacionados ao Gisa

Imagem: Última oitiva da CPI aconteceu no dia 21 de outubro quando foi ouvido o deputado federal Mandetta.
Última oitiva da CPI aconteceu no dia 21 de outubro quando foi ouvido o deputado federal Mandetta.
12/11/2013 - 12:38 Por: Alessandro Perin    Foto: Roberto Higa

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa ouve nesta quinta-feira (14/11) a presidente da Comissão de Licitações da prefeitura de Campo Grande (antiga gestão), Mara Iza Arteman, a chefe da Divisão de Convênios do Fundo Nacional de Saúde, Silvia Raquel Bambokian, e a coordenadora do Grupo Gestor do Projeto de Desenvolvimento e Implantação do sistema de Gestão Integrada da Saúde (antiga gestão), Maria Cristina Abrão Nachif. A oitiva acontece a partir das 14h, no plenário Deputado Júlio Maia.

Segundo o deputado estadual Amarildo Cruz (PT), presidente da CPI da Saúde, a convocação das três pessoas foi definida pelos membros da comissão devido à necessidade de confrontar informações e depoimentos relacionados ao processo licitatório do contrato do Gisa. “Precisamos esclarecer algumas dúvidas que surgiram durante a análise da documentação relacionada a esse sistema que custou quase R$ 10 milhões para os cofres públicos”, destaca.

O Gisa foi contratado em 2008 pela prefeitura de Campo Grande para marcar consultas nos postos de saúde por telefone, agilizar consultas e exames, além de informatizar toda a rede pública de saúde na Capital. Orçado em quase R$ 10 milhões, o sistema deveria ter sido concluído em um ano, entretanto, até dezembro de 2012, 95,4% da implantação física tinha sido realizada e 96% do projeto foi pago, o equivalente a R$ 9,8 milhões.

O sistema de Gerenciamento de Informações em Saúde possui 12 módulos, mas apenas quatro deles estariam funcionando, inclusive de forma precária. Naim Alfredo Beydoun, responsável pela empresa que implantou o Gisa, foi ouvido pela CPI da Saúde e declarou na ocasião que o sistema já está todo implantado e que precisaria de apenas alguns ajustes para operar com capacidade total.

Já a atual administração garante que a rede da prefeitura não suporta a capacidade do software. O ex-secretário Leandro Mazina declarou aos deputados, quando foi ouvido pela CPI, que o sistema está praticamente implantado.

A CPI é composta pelos deputados Amarildo Cruz - presidente, Lauro Davi (Pros) - vice-presidente, Junior Mochi (PMDB) - relator, Eduardo Rocha (PMDB) - vice-relator e Onevan de Matos (PSDB) - membro.
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