Almi clama por aprovação da PEC 300 após mortes de policiais

Imagem: Para Cabo Almi, policiais precisam de uma contrapartida salarial diante do perigo que correm no dia a dia garantindo a segurança da população.
Para Cabo Almi, policiais precisam de uma contrapartida salarial diante do perigo que correm no dia a dia garantindo a segurança da população.
19/11/2013 - 14:43 Por: João Humberto    Foto: Giuliano Lopes

O deputado Cabo Almi (PT), presidente da Comissão de Segurança Pública e Defesa Social da Assembleia Legislativa, ocupou a tribuna durante as explicações pessoais, na sessão desta terça-feira (19/11), para pedir celeridade na aprovação da PEC 300, que acomoda na Constituição o piso de policiais e bombeiros. Ele disse que o tratamento dado aos trabalhadores da segurança pública no País é péssimo.

Almi repercutiu dois homicídios em que as vítimas são policiais militares: o sargento João Kenedy Campos Miranda, encontrado no dia 2 de novembro envolto num colchão amarrado, assassinado com nove facadas, em Santarém (PA), e o de um PM aposentado de 53 anos encontrado sem a cabeça no último sábado (9/11), no Inferninho, em Campo Grande.

“Diversos PMs vêm sendo vítimas de crimes praticados quando estão em serviço. Diante desse cenário, num momento em que a sociedade clama por Justiça, percebo que essa proposta [PEC 300] não está sendo levada a sério. Só sabem cobrar dos policiais, mas no momento em que eles reivindicam seus direitos, isso não é cumprido”, criticou o parlamentar.

O petista frisou que num regime de trabalho de 24 horas trabalhadas por 24 horas de folga, numa frequência de domingo a domingo, o policial militar chega a trabalhar 102 horas semanais. Já numa média de 24x48, o ritmo cai para 72 horas. “É uma carga horária muito ruim. Essa sobrecarga de trabalho gera depressão, problemas familiares e prejudica o serviço dos policiais”.

Em aparte, o deputado Professor Rinaldo, líder do PSDB, ressaltou que devido à carga horária dos policiais ser muito árdua, a PEC 300 é muito importante no sentido de aumentar o salário diante do perigo que correm no dia a dia. “Em alguns locais, os policiais não podem sair fardados. Cadê o direito de ir e vir que o Estado e a União devem garantir?”, questionou.

Cabo Almi, durante o discurso, pediu que Deus conforte os familiares desses dois policiais militares assassinados. “Casos assim reforçam nossa luta para que a aprovação da PEC se torne realidade”, concluiu.
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