Comunidade libanesa recebe homenagem da Assembleia

Imagem: Sessão solene para a entreda da medalha "Independência do Líbano" foi realizada no plenário.
Sessão solene para a entreda da medalha "Independência do Líbano" foi realizada no plenário.
22/11/2013 - 20:38 Por: Paulo Fernandes    Foto: Roberto Higa

Há exatamente 70 anos (em 22 de novembro de 1943), o Líbano tornou-se independente da França. E em comemoração ao Dia da Comunidade Libanesa, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul fez a outorga, nesta noite de sexta-feira, de um prêmio para lideranças de destaque no contexto sócio-político, econômico e cultural de Mato Grosso do Sul. O evento foi proposto pelo deputado Marquinhos Trad (PMDB) e pelo presidente da Casa de Leis, Jerson Domingos (PMDB).

“Mato Grosso do Sul é um Estado acolhedor que recebe todos os tipos de etnia, raça e credo. Temos homenageado a todos que vieram e contribuem para o crescimento do Estado. Não podia ser diferente com os libaneses. O Líbano teve duas declarações de independência e busca a consolidação da liberdade verdadeira”, afirmou Marquinhos, que também é descendente de libaneses.

A medalha “Independência do Líbano” foi entregue ao desembargador Carlos Eduardo Contar, a Tufi Melke, Fábio Possik Salamene, Leonardo Calarge Zahran, Rodrigo Ferzeli, Cezar Mafus Maksoud, Maria Elisa Naglis, Lara Saboungi Sleiman, Bento Adriano Monteiro Dualibi, Nagib Saad, Abrahão Malulei Neto, Mohamed Houssein Abdon, Flavio Eduardo Mendonça Tarraf, Souleiman Kahaled Aragi e Marline Kalache. Calil Domingos (in memoriam) e Nassif El Daher (in memoriam) também foram homenageados.

Neta de um libanês, Maria Elisa Naglis destacou a luta do povo do Líbano, que conquistou duas independências (dos otomanos e dos franceses), e falou sobre a guerra civil no País. “Toda nação quer ser livre. A liberdade é construída. A independência é um processo”, disse. “Eu sou apaixonada pelo Líbano. Meu avô veio do Líbano. Eu fui conhecer lá. Apesar do sofrimento de uma guerra civil, vi um sentimento de alegria e todos nos recebem com um café. É um país acolhedor”, acrescentou.

Mato Grosso do Sul possui mais de 100 libaneses e descendentes, segundo o presidente da Associação Cultural Monte Líbano, Eid Toufic Anbar. Em todo o Brasil, eles representam 5% da população com contribuições nas mais diversas áreas.

“Sem o Líbano o mundo teria menos poesia, o Brasil teria menos força, não só dos homens e mulheres que suaram a camisa trazendo emprego e renda, mas dos valores do empreendedorismo, da intelectualidade, diplomacia e do culto da democracia”, lembrou o deputado federal Fábio Trad (PMDB-MS). “O Líbano é a expressão da resistência”, concluiu.
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