Presidente da Fetems pede cumprimento do piso nacional em MS

Imagem: Roberto Botareli, presidente da Fetems, ocupou a tribuna para cobrar compromisso do governo.
Roberto Botareli, presidente da Fetems, ocupou a tribuna para cobrar compromisso do governo.
03/12/2013 - 12:57 Por: João Humberto    Foto: Giuliano Lopes

A sessão ordinária desta terça-feira (3/12) foi suspensa durante dez minutos para que Roberto Botareli, presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), usasse a tribuna. Ele disse que a categoria está indignada com o Governo do Estado, pelo fato de não adotar até o momento a Política Salarial do Piso Nacional.

Conforme Botareli, os professores da rede estadual de ensino estão indignados com a forma que têm sido tratados pelo Executivo em relação às horas de trabalho. “Estamos lutando desde o início do mandato do atual governador para que seja cumprido o piso de 20 horas, assim como já acontece com os professores da rede de ensino de Campo Grande”.

Botareli disse que em todos os momentos em que representantes da categoria se reuniram com o governador André Puccinelli, ficou acordado que ele assumiria o compromisso. “Mas agora querem fazer cumprir o combinado em oito anos, começando a contar em 2015 e finalizando em 2023”, protestou.

Ele declarou que o piso dos professores em Mato Grosso do Sul precisa ser reajustado, tendo como base o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que é o indicador oficial para orientar os reajustes de salários dos trabalhadores. Na tribuna, o presidente da Fetems ainda lembrou do Pacto de Valorização do Magistério, amplamente debatido com Roberto Leão, presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação).

Atualmente, com a regência, os professores da rede estadual de ensino ganham R$ 2.167,00 para cumprir jornada de 40 horas semanais, segundo Botareli. A reivindicação é que piso de R$ 1.567,00 seja pago para 20 horas de jornada trabalhada, diferente do valor atual, que é de R$ 1.085,00.

“Essa diferença a gente queria que fosse paga em três anos, mas o governo disse que pagará em oito anos a partir de 2015”, reclamou Botareli, enfatizando que 75% das escolas sul-mato-grossenses estão paradas, ou seja, os alunos estão sem aulas nesses locais. “A Joaquim Murtinho, em Campo Grande, maior escola de Mato Grosso do Sul, está com as suas portas fechadas”.

Nesta quarta-feira (4/12), representantes da categoria irão até Brasília tentar um diálogo com a bancada federal para a solução do problema. Uma reunião na CNTE está marcada para os dias 11 e 12 de dezembro para definir se haverá greve ou não. “No momento estamos num processo de construção da greve. Essa possibilidade não é descartada”, concluiu o presidente da Fetems.
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