Laerte Tetila faz um panorama da agricultura familiar no Estado
Segundo Tetila, em MS existe aproximadamente 70 mil famílias assentadas da agricultura familiar.
04/12/2013 - 11:54
Por: João Humberto
Foto: Giuliano Lopes
O evento em Dourados é promovido pela Semafes (Secretaria de Agricultura Familiar e Economia Solidária) e na programação estão inclusas várias palestras e oficinas, como “Avanços e as novas perspectivas para a agricultura familiar em MS”, proferida por João Batista dos Santos, delegado federal do Ministério de Desenvolvimento Agrário; “Boas práticas de manejo na piscicultura”, com a professora Marcia Russo, da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados); “Reestruturação de cadeias produtivas da agricultura familiar voltada para a comercialização institucional”, com o senador Delcídio do Amaral (PT), entre outras.
Tetila disse que no Estado existem aproximadamente 70 mil famílias assentadas da agricultura familiar, sendo que a maioria delas já adquiriu suas terras para produzir. Segundo o parlamentar, hoje, este setor produz 70% dos alimentos que chegam à mesa da população brasileira.
Apesar de ainda não apresentar um quadro de desenvolvimento se comparado aos estados de São Paulo e Paraná, Mato Grosso do Sul desponta neste segmento como uma grande aposta, baseado em sua dimensão, segundo informou o parlamentar. “Esse filão precisa ser muito bem explorado aqui no Estado”, destacou o petista.
Conforme Laerte Tetila, 92% dos produtos comercializados em Mato Grosso do Sul, provenientes da agricultura familiar, como frutas e legumes, são oriundos do Paraná e São Paulo. Isso precisa mudar, reforçou o deputado, que citou como um dos gargalos para o atraso no desenvolvimento do setor no Estado a dependência que as famílias que trabalham com o segmento têm em relação aos produtos, como leite, por exemplo. “Precisamos incrementar este setor”, frisou.
Programa na Embrapa - Como uma das sugestões para alavancar a agricultura familiar em MS, Tetila é a favor da elaboração de uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que determine à Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) a implantação de um programa voltado para atender o setor. Ele também acredita que com a criação da Anaer (Agência Nacional de Extensão Rural) pela presidente Dilma Rousseff, prevista para começar a funcionar no ano que vem, o segmento deve ganhar reforço no Estado.
Um dos entraves citados por Tetila, que prejudicam os produtores da agricultura familiar em expandir sua produção, é a exigência da DAP (Declaração de Aptidão do Produtor), para que eles tenham acesso a linhas de crédito. “Quem não tem DAP é clandestino e fica impossibilitado de trabalhar em sua terra. Os pequenos produtores enfrentam muitos problemas”, informou.
Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.
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