Tetila avalia que falta pouco para a compra de terras indígenas

Imagem: Tetila avalia que a compra das terras deverá ser realizada por recursos do Fepati, que soma cerca de R$ 200 milhões.
Tetila avalia que a compra das terras deverá ser realizada por recursos do Fepati, que soma cerca de R$ 200 milhões.
05/02/2014 - 11:45 Por: Marcelo Pereira    Foto: Giuliano Lopes

O deputado estadual Laerte Tetila, vice-líder do PT, destacou que o processo de pacificação no campo e a negociação entre o governo federal, produtores rurais e indígenas avançaram nas últimas semanas com a apresentação de propostas e contrapropostas sobre o valor final para a compra de terras e indenização sobre benfeitorias. Na opinião do parlamentar, o bom senso vai ser determinante para os grupos definirem o valor para a aquisição das áreas reivindicadas pelas famílias indígenas.

“O governo federal já ofereceu R$ 78 milhões pelas 31 propriedades e os produtores pediram R$ 97,5 milhões. A diferença é cada vez menor e os dois lados devem encontrar consenso na próxima rodada de negociações. Resolvida essa questão na região de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti, outras áreas deverão entrar no mesmo processo para que as famílias possam voltar para a terra indígena do Buriti”, ressaltou o petista.

Tetila avalia que a compra das terras deverá ser realizada mediante destinação de recursos do Fepati (Fundo Estadual Para Aquisição de Terras Indígenas), proposto por ele e aprovado pela Assembleia Legislativa. Cerca de R$ 200 milhões foram empenhados pelo governo federal e o montante deverá ser utilizado para a negociação de áreas, especialmente na região centro-sul do Estado. “São regiões onde os conflitos ente indígenas e proprietários rurais se estendem há décadas. Na Justiça existem verdadeiras batalhas judiciais em tramitação há 30 anos. Os dois lados tem plenitude de direito, então é necessário negociar o valor de indenização, um grande investimento que vai promover a paz no campo e a retomada do crescimento da produção no Mato Grosso do Sul”, comparou o deputado.

Tetila analisou que com o processo de pacificação no campo concluído, o PIB (Produto Interno Bruto) de Mato Grosso do Sul deverá aumentar em R$ 5 bilhões nos próximos quatro anos. “Somente com a sinalização da aquisição das terras, os outros produtores já viram a possibilidade de terem segurança jurídica e iniciaram os investimentos para cuidados com o solo e preparação para uma nova safra. Uma vez instaurada a paz no campo, vamos ter uma nova fase na economia e no agronegócio do Estado”, concluiu o deputado.
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