Tetila pede melhor gestão do DSEI para a saúde indígena em MS

O deputado estadual Laerte Tetila (PT) afirmou hoje (19/2) que o Ministério da Saúde deve estabelecer o diálogo junto ao DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul) e a Sesai (Secretaria Especial da Saúde Indígena) para solucionar os problemas estruturais dos órgãos e melhorar o atendimento às comunidades indígenas no Estado. Um grupo mobilizado bloqueou ontem a MS-156, que liga Dourados a Itaporã, reivindicando que membros do governo federal verifiquem e resolvam a situação em diversos polos de atendimento no Mato Grosso do Sul.

“O movimento é legítimo e quer apenas melhores condições para realizar o atendimento às comunidades indígenas. Há uma instabilidade na gerência do órgão, tanto burocrática quanto de gestão, afetando os profissionais que atendem nas diversas regiões de Mato Grosso do Sul e prejudicando os 74 mil indígenas do nosso Estado”, explica Tetila que recebeu um documento denunciando a falta de empenho da DSEI principalmente com relação ao andamento das licitações, fato que vem afetando diretamente a aquisição de medicamentos, de equipamentos e combustível para as equipes efetuarem as ações cotidianas.

Uma das reivindicações dos manifestantes, composto por servidores e indígenas, é a nomeação do coordenador distrital da secretaria no Estado, cargo que ainda é ocupado interinamente e que já passou por diversas alterações nos últimos anos. “Essas mudanças de chefia vem causando instabilidade administrativa e gerencial o que impede a elaboração de cronogramas executivos, causando problemas de gestão. Isso tem desestimulado os servidores que a cada dia trabalham em condições mais precárias. Quem sofre com isso, além dos profissionais, são as famílias das mais diversas etnias que dependem diretamente dessa assistência em saúde para sobreviver”, destaca o deputado Tetila.

O parlamentar está convencido que recursos financeiros existem e o governo da presidenta Dilma Rousseff tem feito empenho para liberá-los. “Vamos acionar o Ministério da Saúde e a bancada federal para romper as barreiras burocráticas no Mato Grosso do Sul. É preciso melhorar a qualidade dos serviços oferecidos às comunidades indígenas urgentemente. Os agentes de saúde e saneamento clamam pelo diálogo na busca de solução. Ouvir e atender os servidores torna-se imprescindível para a saúde indígena”, conclui o deputado estadual Laerte Tetila.