Lidio se preocupa com invasões e pede reforço na fronteira

Imagem: Na sessão de hoje, o deputado Lidio Lopes falou sobre dois assuntos preocupantes.
Na sessão de hoje, o deputado Lidio Lopes falou sobre dois assuntos preocupantes.
20/02/2014 - 12:46 Por: João Humberto    Foto: Giuliano Lopes

O deputado estadual Lidio Lopes (PEN) está preocupado com os constantes casos de invasão de terras por parte de índios em propriedades localizadas na região do Cone Sul, mais precisamente no município de Iguatemi, distante 461 km de Campo Grande. Ele também está insatisfeito com a falta de segurança nos municípios fronteiriços de Amambai, Ponta Porã e Coronel Sapucaia, que têm se tornado palco de roubos praticados à luz do dia, homicídios, entre outros crimes.

Na sessão desta quinta-feira (20/2), Lidio Lopes ocupou a tribuna para informar que nesta semana recebeu uma carta do prefeito de Iguatemi, José Roberto Felippe Arcoverde, comunicando aflição em relação a alguns fatos que estão acontecendo no acampamento indígena Pyelito Kuê, localizado no município. Segundo ele, o acampamento foi montado em 2011 na fazenda Cambará por índios da aldeia Sassoró, que fica na cidade de Tacuru.

De acordo com a carta, lida pelo parlamentar na tribuna, a prefeitura de Iguatemi passou a ser cobrada pelo MPF (Ministério Público Federal) e Funai (Fundação Nacional do Índio) para que disponibilize serviços escolares à comunidade do acampamento. Diante do cenário de invasão, o prefeito achou melhor não atender à demanda, mesmo estando resguardado na Constituição Federal o direito à educação, conforme explica na carta.

Essa situação, segundo Lidio Lopes, mostra que cada vez mais as coisas têm piorado em Mato Grosso do Sul no que se refere aos índios. “As invasões continuam a acontecer sem precedentes e os índios insistem em se fixar nas áreas invadidas. Se eles tinham toda uma estrutura na aldeia Sassoró, porque montaram acampamento numa fazendo em Iguatemi e agora querem a construção de uma escola naquela área?”, questionou.

Lidio Lopes também critica a postura do MPF em compactuar com a disponibilização de serviços educacionais para os índios que invadiram a fazenda Cambará. “Não consigo entender o que está acontecendo. Os índios interditam rodovias e invadem fazendas em Mato Grosso do Sul. Se isso não parar, haverá mais mortes na região do Cone Sul”, avaliou.

Fronteira do caos - Em relação à falta de segurança nas cidades fronteiriças, Lidio fez um apelo ao governador André Puccinelli e ao secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, para que atendam principalmente o Cone Sul. Ele disse que no fim de semana presenciou um homicídio em Amambai e outro, com uma pessoa metralhada, em Ponta Porã.

“Em Amambai, por exemplo, está se tornando comum o roubo de veículos durante o dia. É preciso que o governo envie mais efetivo policial para lá e também para Coronel Sapucaia, que hoje não conta com delegado de Polícia Civil na delegacia local”, reclamou o parlamentar.

O deputado Pedro Kemp (PT), 2º secretário da Assembleia Legislativa, em aparte reforçou a preocupação com a segurança na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. “É preocupante o cenário, pois sabemos que há falta de combustível para as viaturas, por exemplo. Essas situações precisam ter atenção do governo do Estado”.

Também em aparte, o deputado Cabo Almi (PT), presidente da Comissão de Segurança Pública e Defesa Social da ALMS, falou que sempre que é exibida propaganda do governo do Estado, percebe que a segurança pública em Mato Grosso do Sul está funcionando bem. “Se as reclamações continuam, é preciso verificar in loco o que está acontecendo”, salientou.

Cidades - O município de Amambai está localizado a 359 km de Campo Grande e fica entre Ponta Porã e Coronel Sapucaia, que fazem fronteira, respectivamente com as cidades paraguaias de Pedro Juan Caballero e Capitan Bado.
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