Laerte Tetila faz alerta sobre desertificação em áreas do Estado

Imagem: Segundo Tetila, desertificação vem sendo detectada em Camapuã e na região da Grande Dourados.
Segundo Tetila, desertificação vem sendo detectada em Camapuã e na região da Grande Dourados.
15/04/2014 - 11:17 Por: Talitha Moya    Foto: Giuliano Lopes

Na sessão plenária desta terça-feira, o deputado estadual Laerte Tetila (PT) afirmou que é grave o problema de degradação dos solos em Mato Grosso do Sul. Ele fez um alerta sobre o processo de desertificação que avança em áreas do Estado.

O parlamentar afirmou que um estudo da ONU (Organização das Nações Unidas) aponta que a região sudoeste do Estado, área de ocorrência do Arenito Caiuá, já apresenta aspectos avançados de degradação. Cerca de 50 mil hectares da área estariam em processo de desertificação que é a destruição do potencial produtivo da terra. O problema pode ocorrer naturalmente ou pela ação predatória do homem.

Segundo Tetila, a desertificação vem sendo detectada no município de Camapuã e também na região da Grande Dourados, que estaria com apenas 2% de suas matas preservadas. “Eram áreas de florestas abundantes que agora correm sérios riscos, pois estão sendo destruídas por conta da produtividade e isso tem limites”, afirmou.

Cerca de 15% da superfície terrestre está sob risco de se tornar desértica em algum grau. As causas mais frequentes da desertificação estão associadas ao uso inadequado do solo e da água no desenvolvimento de atividades agropecuárias, na mineração, na irrigação mal planejada e no desmatamento indiscriminado. “Esse processo pode resultar na perda absoluta desse patrimônio”, explicou o deputado.

Tetila ressaltou que o problema gera os chamados “fugitivos ambientais” que são pessoas obrigadas a migrarem para outros países em decorrência da desertificação. Dados do Ministério do Brasil revelam que 32 milhões de pessoas habitam áreas que podem se tornar desérticas, o que corresponde a 15,7% do território nacional. “Essas pessoas não conseguirão permanecer nas áreas em que habitam hoje. Nosso patrimônio está em risco e digo que o sucesso ou o fracasso de uma nação depende do cuidado que ela tem com seu solo”, completou.
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