Fepati é avanço para resolver conflitos fundiários, diz Tetila
Segundo Tetila, a sinalização de pacificação pelo Fepati ajudou na revalorização das terras.
08/05/2014 - 11:38
Por: Talitha Moya
Foto: Giuliano Lopes
O Fepati foi criado por iniciativa de Tetila, com aprovação da Assembleia Legislativa, como uma alternativa de solução para o conflito no campo. A medida foi aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça como o caminho mais viável para o impasse entre fazendeiros e índios da Reserva Indígena Buriti.
O Fundo é um dispositivo que permite captar recursos financeiros para aquisição de terras de propriedades particulares consideradas terras indígenas. Com a aprovação do orçamento, o governo federal pode iniciar o direcionamento de recursos para que o Estado adquira as terras e doe para a União iniciar o processo de demarcação e destinação às famílias indígenas. “O Fepati representa um avanço e acredito que estamos por um fio para fechar as negociações”, afirmou o parlamentar.
A proposta prevê resolver a desapropriação dos 15 mil hectares espalhados pelas 31 fazendas localizadas entre Dois Irmãos Buriti e Sidrolândia, reivindicados pelos terenas. Neste ano, foram injetados no Fundo R$ 200 milhões, orçamento aprovado pela Assembleia, que deverão ser aplicados para a compra e indenizações de terras em processo de negociação.
Segundo Tetila, a sinalização de pacificação pelo Fepati ajudou na revalorização das terras. “Não se investe em áreas conflitadas e com essa proposta conseguimos retornar com a valorização imobiliária”, disse.
Para o deputado Zé Teixeira (DEM) a lei que cria o Fundo é louvável e humana e resolverá o impasse. O parlamentar salientou a necessidade de o governo federal investir nas terras compradas para que elas não se tornem improdutivas. “Os indígenas não tem condições de produzir e de nada vai adiantar se eles não forem inseridos na sociedade porque isso é humanizar a questão”, declarou.
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Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.
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