Superintendente destaca entrave no comércio do peixe em MS

Imagem: César Moura é superintendente da Pesca em Mato Grosso do Sul.
César Moura é superintendente da Pesca em Mato Grosso do Sul.
27/05/2014 - 11:25 Por: Talitha Moya    Foto: Giuliano Lopes

Identificar os gargalos na comercialização do peixe de Mato Grosso do Sul é o desafio do setor, afirma o superintendente de Pesca do Estado, César Moura. Ele usou a tribuna na sessão desta terça-feira (27/5) para falar sobre os entraves que o segmento enfrenta.

A comercialização de peixe em Mato Grosso do Sul sofre diversas dificuldades, entre elas o desequilíbrio de impostos, como explica o superintendente. Segundo ele, a cultura de engorda no Estado retrocedeu drasticamente e grande parte do problema se deve à tributação onerosa enquanto outros estados têm isenção da taxa. “Deve haver um redimensionamento tributário e colocar em pé de igualdade o Mato Grosso do Sul com os demais”, afirmou.

Com essa diferenciação, o Estado fica prejudicado quanto à comercialização. Das 1.200 toneladas de pacu consumidas em Mato Grosso do Sul, por exemplo, 90% vêm de fora do Estado e o mesmo acontece com 50% das 800 toneladas de pintado. “O único peixe produzido 100% no Estado é a piranha, peixe nativo do Pantanal”, completa César.

O superintendente ressaltou a importância de o Estado promover ações para impulsionar o setor que tem viabilidade para se tornar um grande polo comercial do País. César citou a última pesquisa da Fecomércio/MS (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul), que aponta que dos quase R$ 109 milhões movimentados durante a Páscoa, R$ 69 milhões foram atribuídos às compras de peixes. “É um segmento com grande potencial”, destaca.

De acordo com o superintendente, para impulsionar o mercado em Mato Grosso do Sul, o primeiro passo é desenvolver um estudo amplo do segmento e levantar informações sobre quem faz parte da cadeia produtiva do peixe atualmente no Estado. “O nosso setor é produtivo, mas ele é fragmentado. Temos que unir o setor e organizá-lo. porque em cadeia, é possível otimizar os custos e, assim diminuir os custos para o consumidor final”, explicou César.
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