CPI da Telefonia define presidência e relatoria em 1ª reunião

Imagem: Deputados integrantes da CPI da Telefonia definiram presidência e relatoria.
Deputados integrantes da CPI da Telefonia definiram presidência e relatoria.
24/06/2014 - 14:07 Por: Lidiane Kober e João Humberto    Foto: Giuliano Lopes

Em reunião realizada nesta terça-feira (24/6), no plenarinho Nelito Câmara, os cinco integrantes titulares da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Telefonia escolheram o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB) para presidir a comissão. A deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB) foi confirmada na relatoria.

Na vice-presidência ficou o deputado estadual Carlos Marun (PMDB) e o deputado estadual Marcio Monteiro (PSDB) será o sub-relator. O quinto integrante é o deputado estadual Cabo Almi (PT), membro titular.

Ainda na reunião de hoje, os parlamentares definiram o planejamento e estratégias de atuação. Uma das metas é ouvir o maior número de consumidores possíveis para levantar todas as deficiências do serviço a fim de cobrar as melhorias necessárias.

“Em primeira análise, percebemos que aumentaram o número de clientes e não expandiram a tecnologia e as redes de transmissão”, comentou Marquinhos. “Na época da Telems, tinham um quarto para duas camas, com o ingresso de novas operadoras mantiveram o mesmo quarto, mas para 15 pessoas”, comparou.

Neste sentido, a CPI deverá se concentrar em descobrir os motivos dos sinais fracos, se há redes suficientes, as causas da dificuldade de aparelhos atingirem os sinais e o investimento realizado no Estado. Também é foco acabar com a norma que prevê prazo de validade dos créditos em ligações.

A CPI terá 120 dias para concluir os trabalhos e os integrantes adiantaram que a Copa do Mundo de Futebol e o recesso de 15 dias em julho não irão atrapalhar a investigação. “Independentemente de tudo, vamos continuar atentos”, prometeu o presidente.

Outros 19 estados também abriram CPI para investigar os motivos da ineficiência do serviço de telefonia. Das comissões, saíram TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), avalizados pelo MPE (Ministério Público Estadual), para obrigar as concessionárias a cumprirem seus deveres. “Só assim vamos resolver ou reduzir os nossos problemas”, analisou Marquinhos.

Mara Caseiro informou que a precariedade dos serviços oferecidos pelas operadoras de telefonia tem causado revolta nos consumidores sul-mato-grossenses. “Muitas pessoas fazem planos achando que estarão conectadas com o mundo e isso não acontece. Realmente há falta de investimentos nessa área aqui no Estado. As operadoras precisam ser mais claras na hora de vender seus serviços”.

Já o deputado Marcio Monteiro explicou que as concessionárias de telefonia devem informações à Assembleia Legislativa. “Diversas vezes os parlamentares já pediram informações e não as receberam. A população de Mato Grosso do Sul clama por melhores serviços, o que não tem acontecido”.

Na opinião do deputado Cabo Almi, a CPI é muito importante, pois irá apurar possíveis desvios, falta de investimento e assim trabalhar para melhorar os serviços de telefonia aos consumidores.
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