Morte de indígena não é por terras, reforça Zé Teixeira

Imagem: Deputado repercutiu assassinato da índia Marinalva Manoel, ocorrido dia 1º de novembro.
Deputado repercutiu assassinato da índia Marinalva Manoel, ocorrido dia 1º de novembro.
25/11/2014 - 11:22 Por: Talitha Moya    Foto: Giuliano Lopes

O assassinato da indígena Marinalva Manoel, 27 anos, em Dourados, no início de novembro, levou o deputado estadual Zé Teixeira (DEM) à tribuna da sessão ordinária desta terça-feira (25/11). O parlamentar reforçou o fato de a morte não ter qualquer ligação com as disputas pela terra como apontado pelo inquérito.

Marinalva era liderança guarany-kaiwá da terra indígena Nu Porã e foi encontrada morta com diversas facadas no dia 1º de novembro na BR-163, no km 214, em Dourados. Na época, o crime foi relacionado à questão das disputas de terras entre índios e produtores rurais já que a vítima teria participado 15 dias antes de morrer, de um protesto no STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília.

Porém, conforme inquérito apresentado na tribuna pelo deputado Zé Teixeira, a hipótese é descartada. “Não há qualquer ligação com o conflito de terras. As notícias têm denegrido a imagem do Mato Grosso do Sul”, ressaltou.

No inquérito, o cacique da terra indígena Nu Porã nega que Marinalva tenha participado de protestos em Brasília e afirma que a vítima não tinha qualquer participação na luta por terras. “Fica claro que não se trata de questão de terras, mas de perspectiva de vida para essas pessoas”, afirmou. Segundo o inquérito, o crime teria sido cometido pelo namorado da indígena que está foragido.
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