Amarildo comenta irregularidades do Gisa apontadas em auditoria

Imagem: Deputado presidiu CPI da Saúde, que apontou irregularidades no sistema.
Deputado presidiu CPI da Saúde, que apontou irregularidades no sistema.
27/11/2014 - 12:39 Por: Evllyn Rabelo    Foto: Giuliano Lopes

O deputado estadual Amarildo Cruz, líder do PT, usou a tribuna durante a sessão desta quinta-feira (26/11) para destacar a auditoria feita pela CGU/MS (Controladoria Geral da União do Mato Grosso do Sul) a pedido do MPF (Ministério Público Federal). A auditoria foi realizada nas sedes da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande) e do Imti (Instituto Municipal de Tecnologia da Informação).

No relatório da CGU consta que o convênio firmado pela prefeitura de Campo Grande, na gestão do ex-prefeito Nelsinho Trad, para a aquisição do sistema Gisa (Gestão Integrada de Sistema de Arquivo), causou prejuízo de R$ 6.861.705,73 aos cofres públicos.

Amarildo Cruz lembrou que as irregularidades referendadas pela CGU constam no relatório final da CPI da Saúde, presidida por ele no ano passado. Na época o parlamentar apresentou voto separado pedindo indiciamentos e a devolução de recursos públicos gastos indevidamente. "A maioria das falhas apontadas na auditoria da CGU constam nos documentos da CPI da Saúde, o que demonstra o grau de responsabilidade do trabalho que realizamos", frisou.

O petista disse ainda que o MPF tem todas as informações necessárias para dar continuidade ao trabalho de responsabilizar os envolvidos no escândalo do Gisa. "O Ministério Público Federal tem base suficiente com o relatório da CGU, além dos documentos da CPI da Saúde, para tomar as providências cabíveis nessa questão".

Ontem o deputado estadual Amarildo Cruz se reuniu com a chefe da Controladoria Regional da União no Estado do Mato Grosso do Sul, Janaina Gonçalves Theodoro de Faria, e com sua equipe, para tratar da auditoria realizada pelo órgão. Na oportunidade, solicitou uma cópia do relatório final da auditoria.

CPI da Saúde em MS - A CPI foi a maior investigação já realizada na saúde de Mato Grosso do Sul. Em seis meses de trabalho mais de 100 pessoas foram ouvidas em 11 cidades do Estado e mais de 70 mil páginas de informações foram catalogadas por uma equipe de 19 técnicos.

Todo o material da investigação foi encaminhado ao Ministério Público Estadual, ao Ministério Público Federal, Polícia Federal, Controladoria Geral da União, Denasus (Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde), governo do Estado e Ministério da Saúde.
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