Em discurso na tribuna, João Grandão defende a agricultura familiar

Com larga experiência parlamentar, mas eleito pela primeira vez deputado estadual por Mato Grosso do Sul, João Grandão (PT) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa durante a sessão desta quarta-feira (4/2) para defender a agricultura familiar, segmento onde possui histórica representatividade e que é responsável por 77% dos empregos gerados no setor agrícola brasileiro.

O deputado, que já foi delegado do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), ocupou o parlamento destacando a fundamental importância da regulamentação do SUASA (Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária) para o desenvolvimento da agricultura familiar no Estado. O SUASA é um processo que garante a saúde dos animais e a sanidade dos vegetais, a idoneidade dos insumos e dos serviços e a identidade, qualidade e segurança higiênico-sanitária e tecnológica dos produtos destinados ao consumo final.

Segundo ele, muitos produtos de origem animal e vegetal dos pequenos e médios produtores não podem ser comercializados em larga escala atualmente no município e no Estado por não disporem do SUASA.

“O SUASA é coordenado pela União é de adesão voluntária dos municípios, mas tem nos Estados a sua instância intermediária, por isso eu digo que se trouxermos essa discussão para dentro do Estado, provocaremos uma verdadeira revolução na agricultura familiar e um significativo acréscimo de renda na vida de milhares de famílias de Mato Grosso do Sul, que poderão vender seus produtos nos mercados, para a merenda escolar. Há muitos Estados que já fazem isso”, informou o deputado, que foi membro durante oito anos da Comissão de Agricultura da Câmara Federal.

Integração - Grandão também defendeu o fortalecimento e integração da Anater (Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural) com a Ater (Assistência Técnica e Extensão Rural), prestada pela Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) para assentamentos e pequenos e médios produtores de assentamentos e demais regiões.

“A Ater consiste em visitas técnicas para identificar as necessidades e potencialidades de cada família, como agrônomos, veterinários. Os grandes produtores já têm recursos para a contratação desses e outros profissionais, mas o pequeno e médio produtor não. É fundamental que essa casa se envolva nessa discussão também”, acrescentou.