Diretora da Vigilância em Saúde alerta para riscos da automedicação

Imagem: Angela Cunha disse que milhares de brasileiros são acometidos por agravantes em suas doenças devido à intoxicação medicamentosa
Angela Cunha disse que milhares de brasileiros são acometidos por agravantes em suas doenças devido à intoxicação medicamentosa
05/05/2015 - 11:59 Por: Talitha Moya    Foto: Comunicação - ALMS

Nesta terça-feira (5/5) é comemorado o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos. A data foi lembrada pela diretora de Vigilância em Saúde de Mato Grosso do Sul, Angela Cristina Cunha, que alertou, durante discurso na tribuna da sessão plenária, sobre os riscos da automedicação.

Representando a classe farmacêutica do Estado, Angela destacou a lei 4.435, de 25 de novembro de 2013, de autoria do deputado Professor Rinaldo (PSDB), que institui a Semana de Conscientização de Combate à Automedicação. De acordo com a diretora, milhares de brasileiros são acometidos por agravantes em suas doenças, ou até mesmo a morte, devido à intoxicação medicamentosa.

Segundo dados da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), aproximadamente 30% dos casos de intoxicação acontecem por uso indiscriminado de medicamentos de forma errada ou aumento da dose por conta própria, sem orientação médica.

A indústria farmacêutica, ressalta Angela, é a mais forte crescente no mundo. “Não existe crise nesse mercado. Criam-se, cada vez mais, novas drogas, então é um setor que só tende a prosperar”, completou.

Nesse contexto, a diretora reforçou a necessidade de incentivar a ampliação de campanhas no sentido de alertar os usuários sobre os perigos e graves riscos da automedicação. Dados do Centro Integrado de Vigilância Toxicológica apontam que apenas 50% dos pacientes tomam medicamentos de forma adequada e que, em 2014, no Mato Grosso do Sul, foram registradas 378 vítimas de intoxicações.

“Temos que levar em conta que muitas pessoas que fazem uso de farmácias públicas não conseguem sequer ler a prescrição do medicamento. É necessário maior atenção a essa dificuldade porque ela pode gerar consequências sérias à saúde”, enfatizou.
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