Movimento de Trabalhadores cita avanços gerados com Reforma Agrária

O diretor do Movimento dos Trabalhadores Rurais, Cleiton Alexandre Pereira Valença, ocupou a tribuna da sessão plenária desta quarta-feira (6/5), em defesa da Reforma Agrária. Ele ressaltou os avanços que a regulação da divisão de terras gerou aos pequenos produtores de Mato Grosso do Sul.

De acordo com Cleiton, Mato Grosso do Sul conta hoje com 180 assentamento. Entre eles, o diretor citou o assentamento Itamarati, em Ponta Porã, que atualmente produz mais de 80 mil litros de leite por dia, mais de 10 milhões de sacas de soja ao ano e que iniciou a exportação de feijão para a Venezuela. “A Reforma Agrária está dando certo, os resultados excelentes mostram isso”, enfatizou.

O representante também mencionou o assentamento Teijin, no Vale do Ivinhema, que, segundo ele, tem produzido 70 mil litros de leite ao dia, além do assentamento em Itaquiraí em evidência pela produção de mandioca.

Para chamar a atenção das autoridades para a necessidade da Reforma Agrária, integrantes de pelo menos cinco movimentos sindicais e sociais promoveram a 2º Marcha da Classe Trabalhista. A caminhada teve início no dia 1º de maio no distrito de Anhanduí e levou cinco dias até chegar à Capital onde manifestantes montaram acampamento na sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

O movimento dos trabalhadores pediu respaldo do governo estadual e dos parlamentares para dar andamento às discussões sobre a Reforma. “Precisamos dar propulsão maior a esse debate”, afirmou Cleiton. Segundo ele, mais de 20 mil famílias estão acampados há pelo menos dez anos à espera do assentamento que não tem previsão para acontecer.