Deputados e Sindicato cobram da União medidas contra fim de ferrovia
![Imagem: Evanildo da Silva, diretor do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas Ferroviárias de Bauru e MS, ocupou tribuna para falar sobre desativaçã](/upload/News/Old/42134/TalithaMoya21520151507.jpg)
Evanildo da Silva, diretor do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas Ferroviárias de Bauru e MS, ocupou tribuna para falar sobre desativaçã
21/05/2015 - 13:30
Por: Talitha Moya
Foto: Roberto Higa
Uma das preocupações é com as demissões que estão ocorrendo no decorrer do fechamento dos trechos ferroviários. A Rumo ALL, responsável pela administração da malha ferroviária do Estado, demitiu 100 funcionários nos últimos meses e cogita demitir mais 180 nos próximos dias.
Segundo Evanildo da Silva, diretor do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas Ferroviárias de Bauru e Mato Grosso do Sul, os transtornos causados ferem as causas trabalhistas e compromete o escoamento da produção estadual. “Contratos com empresas de derivados de petróleo e de produtos siderúrgicos estão sendo rompidos e tudo está sendo paralisado sem qualquer explicação”, afirmou o diretor que defendeu a ‘reestatização’ da ferrovia. “O governo federal tem que tomar o controle porque o desmonte da malha ferroviária vai causar muitos prejuízos”, considerou.
Fusão e crise - A crise no setor, segundo o representante, se intensificou após a fusão da Rumo Logística com a ALL, aprovada pela ANTT em novembro de 2014. Em todo o Brasil, a empresa prevê investimentos de quase R$ 8 bilhões. “Tanto investimento, mas não sobra nada para nossa malha. Definiram o nosso trecho como ‘antieconômico’ mas se não gera lucro, é porque não houve investimentos”, declarou Evanildo.
Os deputados Marquinhos Trad (PMDB), Barbosinha (PSB), Eduardo Rocha (PMDB) e Amarildo Cruz (PT) defenderam a realização de uma audiência pública com a participação da ANTT e autoridades federais. Os parlamentares esperam que o governo federal tome frente da discussão e evite o fechamento da ferrovia Corumbá a Bauru. O trecho passa por Três Lagoas, importante região produtora de celulose.
“Lamentável ver o oposto acontecendo e, ao invés de vermos o fortalecimento da ferrovia, estamos vendo a morte do que já foi a redenção deste Estado”, afirmou Barbosinha.
Na opinião do deputado Marquinhos Trad, a fusão entre Rumo e ALL gerou consequências drásticas. “Estamos vendo a ANTT advogando a favor das empresas e deixando o cidadão ‘a ver navios’. As demissões acontecem por causa de uma nova concessão e a empresa recusa ouvir o sindicato porque tem a conivência da agência. É um absurdo”, ressaltou.
Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.