Pacote de concessões do governo federal gera debate na Assembleia

O anúncio feito ontem em Brasília a respeito da nova etapa do PIL (Programa de Investimentos em Logística), que prevê, segundo dados da União, investimentos na ordem de R$ 10 bilhões em Mato Grosso do Sul, foi elogiado durante a sessão de hoje (10/6). No entanto, no que tange a contemplação de MS com o ramal da Ferrovia Norte-Sul, ligando Anápolis (GO), Estrela d’Oeste (SP) a Três Lagoas (MS), ficou a desejar, segundo o deputado estadual Amarildo Cruz (PT).

Amarildo e o deputado estadual Eduardo Rocha (PMDB) usaram a tribuna para pedir que seja mantido o projeto original da ferrovia que seguia até a cidade de Dourados. “Discutimos isso em audiências públicas, encaminhamos a nossa necessidade e agora não querem passar a rodovia pela cidade com maior produção de grãos do Estado, que é Dourados”, salientou o petista.

Em Mato Grosso do Sul estão contempladas as BRs 262 e 267; o ramal da ferrovia Norte-Sul; e a permissão para construção do TUP (Terminal Hidroviário de Uso Privado) no rio Paraná. “A duplicação da BR-262 tem sido muito esperada pelo nosso Estado e isso vai melhorar o trecho entre Campo Grande e Três Lagoas, mas vamos tentar reverter esse traçado original da ferrovia”, disse Eduardo Rocha.

Com o objetivo de reduzir o custo para o escoamento da produção agropecuária, a duplicação dos 327 quilômetros da BR-262 entre Campo Grande e Três Lagoas deve custar R$ 2,5 bilhões. Já o trecho todo da Ferrovia Norte-Sul a ser concedido tem extensão de 895 quilômetros – passando pelos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo e MS –, com investimento previsto de R$ 4,9 bilhões.