Deputado cobra indenização para filhos de portadores de hanseníase
Segundo Amarildo, agora é preciso reparar os danos causados aos filhos que foram alvos de equívocos
02/07/2015 - 13:12
Por: Talitha Moya
Foto: Roberto Higa
A separação entre pais portadores de hanseníase e seus filhos foi determinada pela política de governo nos anos 1940 e consistia no isolamento compulsório. Afastadas dos pais assim que nasciam, as crianças eram levadas para educandários, orfanatos ou casas de parentes.
A medida, segundo o parlamentar, deixou danos na vida dessas pessoas. “Elas foram afastadas do convívio familiar, tiveram esse direito arrancado delas, o direito de ter o carinho do pai e da mãe”, afirmou.
O Morhan (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela hanseníase) registra cerca de 10 mil filhos separados dos pais no País, mas dados do Ministério da Saúde apontam a existência de quase 30 mil. “Mesmo diante da descoberta da cura da doença, o Estado ainda continuou tratando o portador de forma equivocada e aplicou a separação até 1986”, registrou Amarildo.
Em 2007, por meio da lei 11.520, o governo se dispôs a conceder pensão especial às pessoas com hanseníase que foram submetidas ao isolamento compulsório. “Agora é preciso reparar os danos causados aos filhos que foram alvos dessa política equivocada”, frisou.
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Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.
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