Frente Parlamentar da Pessoa Idosa toma posse na Assembleia Legislativa

Imagem: Cerimônia de posse da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa
Cerimônia de posse da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa
19/08/2015 - 18:00 Por: Juliana Turatti    Foto: Wagner Guimarães

De acordo com as projeções estatísticas da OMS (Organização Mundial de Saúde), o Brasil deverá ser o sexto país do mundo em contingente de idosos até o ano 2025. Hoje, os idosos representam 8,6% da população brasileira, quase 15 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade. Em 2025, esse número será de 15%, ou seja, o Brasil contará com 32 milhões de idosos.

As mulheres são maioria, 8,9 milhões (62,4%) dos idosos são responsáveis pelos domicílios e têm, em média, 69 anos de idade e 3,4 anos de estudo. Com um rendimento médio de R$ 657,00, o idoso ocupa, cada vez mais, um papel de destaque na sociedade brasileira. Estudos mostram que a população brasileira terá crescido cinco vezes de 1950 a 2025, sendo que a de idosos terá crescido 16 vezes. O envelhecimento populacional do Brasil é o mais rápido do mundo.

Preocupados com esta realidade, os parlamentares criaram a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, que tomou posse nesta quarta-feira (19/8), no Plenário da Casa de Leis. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi (PMDB) que presidiu o ato de posse, cumprimentou a iniciativa e lembrou “que cada um de nós deputados quando aqui chegamos na Assembleia Legislativa, trazemos três pilares que são: nossas histórias de vida, nossas convicções e nossos compromissos, e desde que aqui cheguei sempre integrei ações que envolvem a pessoa idosa”.

Para o coordenador da Frente Parlamentar, deputado Renato Câmara (PMDB) é um compromisso que a Frente está assumindo com toda a população. “Hoje é um dia importante, que demos um passo necessário. A ideia da Frente é a criação de um espaço onde todos nós parceiros, possamos discutir o dia a dia e propor ações efetivas que ajudem a melhorar a vida da pessoa idosa”, destacou Câmara. E complementou “nosso objetivo é juntar esforços com o foco de oferecer resultados”.

O deputado João Grandão (PT), falou da satisfação em pertencer a Frente e comentou da grande discriminação que sofre a pessoa idosa em todo país. “Nós somos responsáveis a ajudar para mudar essa mentalidade na população que discrimina”, afirmou o parlamentar.

Já o vice-coordenador do Programa de Promoção dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa, Eduardo Ramirez Meza lembrou da necessidade de reflexão. “Cabe a cada um de nós membros desta Frente Parlamentar refletir sobre o que podemos fazer para a melhoria da pessoa idosa e vejo como importantíssima a participação de todas as entidades aqui presentes, para agregar ainda mais valor”, disse.

O presidente do CEDPI (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa), João Carlos Scaff agradeceu as portas abertas do Parlamento e reforçou o desejo de contribuir ainda mais para a pessoa idosa. “É importante assumirmos nossa parte e lutar constantemente, é necessário que a sociedade também faça o seu papel e respeite os direitos da pessoa idosa”, falou João Carlos. Na mesma linha o defensor público Guilherme Cambraia Oliveira ressaltou: “temos que buscar cada vez mais garantir todos os direitos da pessoa idosa em nosso Estado”.

E ainda o prefeito do município de Ivinhema, Tuta (PMDB) admitiu que se surpreende pelos maus-tratos que as pessoas idosas sofrem em todo Brasil. “Eu ainda fico chocado com a violência contra a pessoa idosa e é necessário trabalharmos para que isso não aconteça mais”, ressaltou o prefeito.

Pontos norteadores de trabalhos - De acordo com o coordenador Renato Câmara as ações que precisam ser validadas com o Governo do Estado, o Ministério Público, a Defensoria Pública, o Tribunal de Justiça e com a população. A pauta de discussão do primeiro encaminhamento está prevista para o mês de setembro.

Também compõem a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa os deputados Angelo Guerreiro (PSDB), Antonieta Amorim (PMDB), Beto Pereira (PDT) e Marcio Fernandes (PTdoB). E ainda o CEDH (Conselho Estadual de Direitos Humanos), o Coegemas (Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social), a Assomasul (Associação dos Municípios do Mato Grosso do Sul), a PJI (Promotoria de Justiça do Idoso), a Defensoria Pública, a Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência e Trabalho.

E ainda a Fundação de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul, a Fundtur (Fundação do Turismo de Mato Grosso do Sul), a SED (Secretaria de Estado de Educação, a SES (Secretária de Estado de Saúde), o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Fundesporte (Fundação de Esporte e Lazer do Estado de Mato Grosso do Sul, a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), o Detran (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) e a Unigran Capital.
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