Possível corte na cedência de professores às entidades preocupa Kemp

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Governo teria proposto redução de repasses ou cedência de professores
06/10/2015 - 12:10 Por: Fernanda Kintschner    Foto: Wagner Guimarães

O deputado estadual Pedro Kemp (PT) ocupou a tribuna em sessão nesta terça-feira (6/10) para demonstrar preocupação com o possível corte por parte do governo de Reinaldo Azambuja (PSDB) quanto à cedência de professores às instituições que atendem pessoas com deficiência. De acordo com o parlamentar, as entidades receberam uma carta com as seguintes propostas a serem escolhidas: corte de 20% dos professores; redução do calendário escolar; ou corte no pagamento aos professores.

“Essas propostas são absurdas. Por acaso esses cortes salvarão a situação financeira do Estado? As instituições prestam serviço, que deveria ser de obrigação do Estado, a cerca de 4 mil alunos. Elas já recebem com atraso, passam dificuldades e agora isso? Há 30 anos os governos repassam e agora a Secretaria de Educação vem dizer que é ilegal?”, questionou Kemp.

O deputado Eduardo Rocha (PMDB) relembrou que à época do governo de André Puccinelli (PMDB) foi feito um acordo com o Ministério Público Estadual para a garantia dos repasses. “Desta vez entendi que querem mudar a forma. Podemos montar uma comissão para estudar esta melhor forma, para que não se tenha a preocupação de todo mês ter que cobrar o repasse”, sugeriu Rocha.

Líder do governo na Assembleia Legislativa, o deputado Professor Rinaldo (PSDB) afirmou que conversará com o governador Reinaldo para trazer uma resposta na sessão de quarta-feira (7/10).  “Cada entidade pode escolher entre alguma das propostas. A comissão sugerida pode ser uma via para resolver essa situação, mas prometo que trarei uma resposta amanhã, pois todos nós entendemos o papel fundamental dessas entidades”, disse Rinaldo.  

O deputado Zé Teixeira (DEM) concordou que a comissão pode ser uma solução. Kemp reiterou que é possível apresentar um projeto de lei que regularize a situação e que propostas já foram pensadas, basta abertura do governo para analisá-las.

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