Parlamentar defende atuação do Exército em áreas de conflito

Imagem: Deputada também cobrou mais investimentos em pesquisas contra o câncer
Deputada também cobrou mais investimentos em pesquisas contra o câncer
17/11/2015 - 12:20 Por: Fabiana Silvestre    Foto: Roberto Higa

A deputada Mara Caseiro (PTdoB) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, durante a sessão plenária desta terça-feira (17/11), para alertar as autoridades com relação à retirada de tropas do Exército Brasileiro da região de Antônio João, município à 325 km de Campo Grande. A chamada Operação Dourados foi desencadeada por determinação da presidente Dilma Rousseff (PT), começou dia 1º de setembro e teve como objetivo evitar o enfrentamento entre indígenas e produtores rurais.

Cerca de 1,2 mil militares participaram da ação, que contou com equipes de outros órgãos de segurança pública, estaduais e federais, do Departamento de Operações de Fronteiras (DOF) e da Força Nacional de Segurança. A operação foi encerrada no último dia 15 de novembro. “Tenho muita preocupação e faço um apelo para que a presidente [Dilma Rousseff] e o ministro da Justiça [José Eduardo Cardozo] não permitam a retirada das tropas e faço um apelo ao Exército também”, afirmou a deputada Mara. Segundo ela, há risco de confronto caso não haja reforço da segurança na área de fronteira.

Combate ao câncer

A parlamentar também defendeu, durante discurso na tribuna da Casa de Leis, o incentivo a pesquisas para o tratamento do câncer. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação anunciou esta semana que financiará estudos sobre a fosfoetanolamina. A substância tem sido distribuída, mediante liminares, no Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, como uma suposta cura para o câncer.

Não há comprovação científica, mas relatos de pacientes atestam resultados considerados satisfatórios. No último dia 12, no entanto, o Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu o fornecimento da substância, mas os debates em torno da eficácia da substância continuam. “Como paciente, tive que usar da quimioterapia para combater um câncer de mama, fiz oito sessões, e tenho sequelas até hoje em meu organismo; então se há 1% de chance de chegarmos à cura ou conseguirmos diminuir os sintomas, temos que investir”, defendeu a deputada Mara.

O Governo Federal já disponibilizou R$ 2 milhões para a síntese da droga e para o início das pesquisas. A estimativa é que, nos próximos anos, sejam gastos, aproximadamente, R$ 10 milhões na pesquisa. Os estudos clínicos contam com a participação de pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer e da Fiocruz.

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