Kemp cobra permanência de professores em escolas especiais

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"Não vamos permitir o fechamento de salas de aula", disse Kemp
23/02/2016 - 11:59 Por: Fabiana Silvestre    Foto: Roberto Higa

O deputado estadual Pedro Kemp (PT) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, durante a sessão ordinária desta terça-feira (23/02), para cobrar do Governo do Estado a permanência dos professores que atuam em escolas da educação especial em todo o Mato Grosso do Sul. Segundo ele, havia sido acordado com a Secretaria de Estado de Educação, após várias reuniões, que seria preservado o quadro de profissionais, o que garantiria a manutenção do atendimento oferecido aos alunos especiais.



Kemp explicou que foi assinado documento referendando o compromisso do governo em manter o atendimento. “Ano passado chegamos a mobilizar 1,5 mil pessoas, durante audiência pública, e montamos uma comissão para dialogar com a secretaria, e até elogiamos semana passada, pois o governo foi sensível, mas agora a notícia que temos, inclusive por parte das entidades, é que será reduzido, e muito, o quadro de professores, o que pode obrigar as instituições a reduzir o atendimento”, disse.



O parlamentar citou a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), em Campo Grande, que poderá perder 30 profissionais durante a reestruturação proposta pela Secretaria de Estado de Educação. “Há ainda entidades do interior, que estão alarmadas”. Também lembrou que o atendimento oferecido é uma modalidade diferenciada de ensino, com atividades complementares diversas, nas áreas de fisioterapia, fonoaudiologia, além de aulas de artes, para o desenvolvimento dos estudantes. “São alunos com comprometimentos graves, muitos nem sequer se alimentam sozinhos, e que têm direito a estudar”, ressaltou Kemp.



Para ele, a reestruturação que vem sendo conduzida pelo governo, e que prevê a substituição de todos os professores por concursados efetivos, em até três anos, é importante, mas os ajustes não podem prejudicar as famílias atendidas. “Não vamos permitir o fechamento de salas de aula”, reforçou Kemp.



Em aparte, o deputado Amarildo Cruz (PT) declarou que a redução do quadro de professores “é um transtorno na vida das pessoas”. O deputado Cabo Almi (PT) lembrou que os alunos especiais precisam do apoio do governo. “Essas instituições prestam tão importante serviço e como vão sobreviver? Tudo isso causa muito sofrimento às entidades”, disse. Para o deputado José Carlos Barbosinha (PSB), o governo deve ser sensível às reivindicações. “São instituições que prestam relevantes serviços ao País e, sem elas, seria o caos”.



O deputado Zé Teixeira (DEM), afirmou que falará com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). “Temos que resolver esse problema, que não é de hoje, de uma forma definitiva”. Também reconheceu a relevância social das entidades, como a APAE. O líder do governo na Casa de Leis, Professor Rinaldo (PSDB), disse que conversará com o governador e buscará encaminhar uma solução rápida. “O governo é sensível, esse problema se arrasta há mais de 30 anos, e vamos ver a melhor forma de resolver, até porque não podemos resolver um problema criando outro”, analisou.

 

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