Delegacia Especializada da Mulher atendeu mais de 23 mil pessoas em 2015

Imagem: Delegada Rosely disse que três agressores foram presos por dia em 2015
Delegada Rosely disse que três agressores foram presos por dia em 2015
10/03/2016 - 11:36 Por: Heloíse Gimenes    Foto: Victor Chileno

A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) atendeu mais de 23 mil pessoas no ano passado. Na sessão desta quinta-feira (10/3), a titular da unidade policial, delegada Rosely Molina, fez um balanço dos trabalhos realizados. Segundo ela, foram registrados 7.300 boletins de ocorrência e 5 mil procedimentos encaminhados à Justiça.

“A Polícia Civil dá uma resposta à sociedade. Os números de atendimentos expressam o interesse da mulher em se orientar e denunciar. A Delegacia da Mulher, que fica na Casa da Mulher Brasileira, atua ininterruptamente 24 horas por dia, com uma equipe eficiente para solucionar os conflitos e violência que afligem as famílias sul-mato-grossenses”, disse a delegada.

Além das orientações e trabalho de prevenção, o quantitativo de registros de boletins de ocorrência revela que os delitos praticados contra a mulher estão sendo coibidos. “Ano passado foram registrados 7.300 crimes praticados contra a mulher. Foram 5 mil procedimentos encaminhados ao Poder Judiciário. Prendemos 900 homens, o que significa aproximadamente a prisão de três agressores por dia”, informou.

Molina destacou ainda a a importância do trabalho pedagógico feito pela Deam. “Graças ao trabalho pedagógico da Polícia Civil, os homens são levados à responsabilização penal pelos seus atos, desta forma, os outros agressores tomam consciência que se infringirem a lei serão presos”.

A Delegacia Especializada da Mulher existe há 30 anos e, conforme Molina, muitos avanços aconteceram. “A Assembleia Legislativa criou inúmeras leis que beneficiam as mulheres e o Governo do Estado implantou uma Rede de Enfrentamento à Violência. As mulheres perderam o medo de denunciar”.

Com relação aos crimes contra vida, a Deam constatou a diminuição de 27%. “A divulgação tem um papel fundamental. A violência doméstica é gradativa e culmina com o feminicídio. Hoje, a mulher sul-mato-grossense, no primeiro sinal de violência, já busca ajuda da Delegacia da Mulher”, ressaltou Molina. 

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