Antonieta lamenta morte de 117 mulheres em MS este ano

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Antonieta: Triste realidade de violência precisa acabar em MS
22/03/2016 - 12:28 Por: Fabiana Silvestre    Foto: Roberto Higa

A deputada estadual Antonieta Amorim (PMDB) lamentou os números da violência contra a mulher em Mato Grosso do Sul. Segundo a parlamentar, 117 mulheres perderam a vida somente entre janeiro e março deste ano. “Estamos ainda no dia 22 de março, encerrando o mês da mulher, e temos esse número trágico; isso precisa acabar”, afirmou. Do total de mulher, 29 residiam em Campo Grande. Outras 177 mulheres foram vítimas de violência e tentativa de assassinato, sendo 45 em Campo Grande. “Os números são da Sejusp [Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública] e revelam uma triste realidade”, complementou a deputada.

Antonieta também defendeu a criação de uma comissão permanente em defesa dos direitos da mulher no âmbito da Assembleia Legislativa. “Fizemos essa proposta e agora esperamos poder contar com o apoio dos nossos colegas, os demais deputados, para que possamos ter um amplo espaço de debates sobre esse assunto tão importante”, disse. A deputada citou casos recentes em que a mulher é autora do assassinato dos companheiros, muitas vezes motivada pela vitimização constante a que foi submetida. “Esses dias uma mulher matou o marido com a espingarda dele, atitude que não é da natureza da mulher e demonstra que estava em desespero”, disse.

A deputada também informou que o Governo do Estado e a ONU Mulheres começaram este ano estudos para que Mato Grosso do Sul tenha protocolo próprio para investigar, processar e julgar as mortes violentas de mulheres, denominadas de feminicídio. Depois de ter sido instituído, no último dia 19 de fevereiro, o Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI) tem se reunido para definir como adaptar a realidade estadual às diretrizes nacionais do feminicídio. Com representantes da Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Coordenadoria de Perícias, Ministério Público, Defensoria Pública e Poder Judiciário, o GTI vai sensibilizar os profissionais envolvidos em processos de investigação e julgamento de crimes contra mulheres. 

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