Deputado Kemp alerta para situação crítica em presídios de MS

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Kemp: "Situação está fervilhando nos presídios"
20/04/2016 - 11:56 Por: Fabiana Silvestre    Foto: Roberto Higa

A situação vivenciada por detentos e agentes penitenciários nos presídios de Mato Grosso do Sul foi debatida durante a última sessão plenária da semana, nesta quarta-feira (20/4). Pedro Kemp (PT) foi à tribuna e fez o alerta. “A Máxima [Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, em Campo Grande] está prestes a ser interditada pela Vigilância Sanitária, pelas precárias condições de higiene, e o Ministério Público do Trabalho também enviará relatório sobre as péssimas condições de trabalho para os agentes”, explicou.

Kemp lembrou que o número de profissionais é “irrisório” para cuidar da população de presos e disse que a “situação está fervilhando”. “Esse assunto já foi discutido em audiência pública aqui e nada foi feito, e enquanto isso a ordem saiu de dentro do presídio para incendiar quatro ônibus [no último dia 14, em Campo Grande], e soube há pouco que envenenaram o café dos agentes”, ressaltou. O deputado disse que a preocupação é ainda maior com a proximidade do Dia das Mães e a iminência de greve dos servidores, dia 2 de maio. “Faço um apelo ao Governo do Estado para que retome a negociação com os servidores e possa resolver essa situação”, disse.

Coronel Davi (PSC) disse que a inauguração de novos presídios deverá amenizar a situação e enfatizou a atuação da polícia. “Mesmo no caso dos ônibus, as polícias deram resposta à altura e sempre teremos uma resposta adequada contra toda ação criminosa”. Beto Pereira (PSDB) defendeu uma atuação mais efetiva do Governo Federal. “Temos que pensar quais as causas da superlotação dos presídios; a União tem que ter política diferenciada na segurança pública em áreas de fronteira”, afirmou.

Professor Rinaldo (PSDB), líder do Governo do Estado na Assembleia Legislativa, informou que a segurança pública foi definida pela população como a segunda prioridade do governo. Ressaltou que foram obtidas conquistas importantes com a Caravana da Saúde, que contemplou a demanda prioritária para os sul-mato-grossenses, e lembrou que pelo menos 40% dos presos poderiam estar em presídios federais, por terem sido condenados por crimes ligados ao narcotráfico.

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