Deputados pedem ajuda da União Europeia para solucionar conflito fundiário
Com o objetivo de observar o andamento da CPI da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), membros da União Europeia (UE) estão na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (20/4). Pela manhã, eles estiveram reunidos com o presidente Junior Mochi (PMDB), o 1º secretário Zé Teixeira (DEM) e o deputado Pedro Kemp (PT). Os parlamentares aproveitaram a visita e solicitaram o apoio da organização no sentido de sensibilizar o Governo Federal para dispor de recursos para adquirir as áreas em conflito.
A UE é constituída por 28 países europeus (Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Romênia e Suécia). Estão presentes na Casa de Leis os diplomatas Erik Von Pistohlkors, Katarzyna Anna Braiter, BartVan Zwieteen e Nadia Benini.
“A União Europeia intervém em vários domínios, entre eles os direitos humanos. Mantemos nossa participação nas discussões e apoiamos os povos indígenas. No Brasil, ajudamos o Cimi, por meio de envio de recursos financeiros. Não temos dúvidas da lisura do Conselho Indigenista e estamos aqui como observadores”, explicou Erik Von, da seção Política, Econômica e Comunicação.
Mochi, Kemp e Zé Teixeira fizeram um relato do conflito em Mato Grosso do Sul. “É uma satisfação recebermos os representantes da União Europeia para discutir direitos humanos. A organização possui um fundo e apóia financeiramente algumas Organizações Não Governamentais, como o Cimi. Por conta disso, vieram conhecer especificamente a problemática relacionada ao conflito fundiário existente entre indígenas e produtores rurais. Hoje, eles acompanharão a CPI do Cimi para fazer um diagnóstico situacional. Embora haja divergência de pensamento, os deputados são convergentes quando se trata da solução. Por isso, solicitamos ajuda para sensibilizar o Governo Federal, que possui os recursos orçamentários para adquirir, dentro do preço de mercado, as áreas legitimamente ocupadas pelos seus proprietários. Esse é o senso comum. Na medida em que se resolve o problema macro, todos os outros acabam sendo automaticamente resolvidos”, explicou Mochi.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.