Assembleia Legislativa realiza ato de adesão ao Movimento Maio Amarelo

Imagem: Ato de adesão ao Maio Amarelo aconteceu no saguão da Casa de Leis
Ato de adesão ao Maio Amarelo aconteceu no saguão da Casa de Leis
03/05/2016 - 10:25 Por: Adriano Furtado    Foto: Roberto Higa

O Poder Legislativo do Estado faz parte do pacto nacional de prevenção no trânsito e pela redução dos acidentes no País. Nesta terça-feira (3/5), foi realizado no Palácio Guaicurus o Ato de Adesão da Assembleia Legislativa (ALMS) ao Movimento Maio Amarelo, que este ano deve contar com o engajamento de mais de 100 entidades. A união de forças entre o poder público e a sociedade civil prevê a realização de uma série de ações durante o mês em todo o Mato Grosso do Sul.

O presidente da ALMS, Junior Mochi (PMDB), frisou que os deputados sempre discutiram questões ligadas ao trânsito, embora o texto constitucional restrinja a competência deste tema ao âmbito da União. Mochi lembrou que a Casa de Leis é signatária do movimento pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 47/2012 que pode garantir mais autonomia aos legislativos estaduais em questões que são privativas da União.

Junior Mochi considerou ainda que uma das consequências imediatas dos acidentes provocados pela falta de prudência no trânsito é o aumento substancial dos gastos com atendimentos na saúde, principalmente nos setores de politraumatismo, áreas que demandam os maiores investimentos nos hospitais públicos do País.

Esta opinião é compartilhada pelo deputado Onevan de Matos (PSDB), primeiro vice-presidente. "Os acidentes de trânsito, em quase sua totalidade, acontecem por imprudência. Além de mortes, a imprudência deixa milhares de vítimas pelo País, gerando uma sobrecarga no sistema de saúde. A maioria dos leitos dos hospitais, por exemplo da Santa Casa de Campo Grande, está ocupada por vítimas de acidentes com moto. Por isso, eu acho que a legislação deve ser endurecida e a educação aprimorada, caso contrário não vai adiantar nenhuma campanha", concluiu Onevan.

O Corregedor da Casa de Leis, Maurício Picarelli (PSDB), concorda que as campanhas serão inócuas sem conscientização da sociedade e fiscalização mais rigorosa. "Com uma ação radical do policiamento de trânsito, com certeza, as pessoas vão ter mais atenção e poderemos evitar os acidentes gravíssimos que presenciamos todos os dias", explicou.

Conscientização - O Movimento Maio Amarelo surgiu quando a Assembleia-Geral das Nações Unidas editou resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. O documento foi elaborado com base em um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países. Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas.

"É uma verdadeira epidemia. Só hoje vamos perder 150 vidas no Brasil em função de acidentes no trânsito, mais de 3.000 em todo o mundo", alertou o Diretor Presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MS), Gerson Claro Dino. O embaixador do Movimento Maio Amarelo em Mato Grosso do Sul, o psicólogo Renan da Cunha Soares Júnior, destacou o esforço da Casa de Leis no apoio ao movimento.

Para o líder do Governo, as palavras são conscientização e educação. "Com um povo educado e consciente no trânsito teremos um Estado mais seguro. Vivemos numa cidade com uma das maiores proporções de veículos por habitante e também de acidentes. Vamos melhorar os índices quando todos passarem a respeitar as leis no trãnsito. É inadmissível perdermos 50 mil vidas por ano por conta dos acidentes no País e a Assembleia está engajada nesta luta", concluiu Professor Rinaldo (PSDB).

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