Amarildo apresenta proposta que fomenta o cadastro de doadores de medula óssea

Imagem: Em eventos esportivos e culturais do Estado, deverá ser separado um percentual de 3% a 5% do total de ingressos postos à venda, para doares voluntário
Em eventos esportivos e culturais do Estado, deverá ser separado um percentual de 3% a 5% do total de ingressos postos à venda, para doares voluntário
07/06/2016 - 10:51 Por: Heloíse Gimenes    Foto: Roberto Higa

Mato Grosso do Sul poderá criar o Projeto Sangue Bom, visando fomentar o cadastro de doadores de medula óssea e erradicar o problema de déficit de sangue nos hospitais para os atendimentos emergenciais, operações cirúrgicas e transplantes. É o que propõe Projeto de Lei de autoria do deputado Amarildo Cruz (PT), apresentando na sessão ordinária desta terça-feira (7/6).

A intenção é realizar ações de conscientização por parte dos poderes públicos, sociedade civil e instituições privadas, devidamente associadas às atividades dos hemocentros na coleta de sangue e incentivo à doação e cadastro de doador de medula óssea. “A finalidade destas ações é identificar possíveis doadores por meio de palestras, mídias e campanhas, buscando o compromisso em salvar vidas através do ato voluntário e altruísta de doação de sangue”, justificou o parlamentar.

O projeto estabelece que, em todos os eventos esportivos e culturais do Estado, será separado um percentual de 3% a 5% do total de ingressos postos à venda, para doares voluntários de sangue. “As doações se darão no período mínimo de 30 dias precedentes ao evento, sempre nos hemocentros e postos móveis de coleta”, acrescentou.

Terá direito ao ingresso gratuito o doador assíduo, que tiver realizado duas ou mais doações de sangue, com intervalos, entre elas, não inferior a quatro meses, sendo que a última deve ter ocorrido com no mínimo 30 dias antes da realização do evento.

“O Projeto Sangue Bom é uma medida simples e de baixo custo. O Brasil possui aproximadamente 1.200 pacientes precisando de transplante de medula e, pouco mais 3,7 milhões doadores em seu banco de dados, o que dá chance de 80% de encontrar um doador compatível, portanto, nossa busca é qualificar os cadastros já existentes e manter informações como endereço e telefone atualizados”, informou Amarildo.

<b>Origem</b>

Carlos Alberto Rezende, conhecido como professor Carlão, é o idealizador do Projeto Sangue Bom.  Na tribuna, ele pediu o apoio dos parlamentares para a aprovação da matéria. “Tive uma experiência pessoal e, com o apoio dos amigos e alunos, nasceu o projeto que tem alcançado diversas instituições e mobilizado novos doadores. É um pequeno gesto que salva uma vida. Queremos derrubar mitos e incentivar o hábito natural e espontâneo de doação. Desde que iniciamos a campanha, em agosto do ano passado, dobrou o número de doares em Mato Grosso do Sul”, reforçou.

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