João Grandão critica PEC 241 e pede mobilização dos deputados estaduais

Imagem: PEC 241 limita gastos do Governo Federal por 20 anos
PEC 241 limita gastos do Governo Federal por 20 anos
25/10/2016 - 12:38 Por: Fernanda Kintschner    Foto: Roberto Higa

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, que estabelece um limite para os gastos federais para os próximos 20 anos, pautada para votação em segunda discussão na Câmara Federal nesta terça-feira (25/10) foi novamente alvo de críticas pelo deputado estadual João Grandão (PT), durante sessão de hoje na Assembleia Legislativa. Grandão pediu mobilização dos deputados estaduais de Mato Grosso do Sul para sensibilizar os senadores da bancada estadual para que a PEC seja barrada no Senado.

“Essa PEC está causando uma situação de constrangimento político, econômico e acima de tudo social, porque ela fere, profundamente, o humano em sua integridade, na sua condição de saúde e social. Não permite investimentos e temos outras saídas como regulamentar o sistema financeiro, taxar grandes fortunas, dizer para os bancos os absurdos dos juros, dizer para os grandes latifundiários que eles têm que pagar impostos tanto quanto os pequenos trabalhadores. São medias amargas que o trabalhador está pagando o pato. Não tem como convencer a sociedade que a culpa é dela, que não é”, argumentou Grandão.

O parlamentar ainda aproveitou para parabenizar estudantes de todo o país que estão se mobilizando contra a PEC, com manifestações ou ocupações, inclusive aos do Assentamento Itamarati em Ponta Porã (MS), local visitado por Grandão. “Eu falo não como um membro do PT, mas como quem esteve lá na base, falando com os jovens que estão sentindo o reflexo na questão do Ensino e que estão conscientes”, ressaltou.

Para o deputado Eduardo Rocha (PMDB), a aprovação da PEC é necessária às finanças da União. “Eu vejo a preocupação, mas ninguém gosta de fazer medida dura nesse país, ou faz isso e conserta o Brasil ou o país quebra de vez. Não vão acabar os programas sociais, não é isso que queremos, mas temos que ter responsabilidade com os recursos”, finalizou.

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