Para Grandão, sucateamento de bancos públicos pode sinalizar privatizações

O deputado João Grandão (PT) lamentou e fez diversas críticas ao processo de reestruturação de bancos públicos, durante a sessão plenária desta quinta-feira (1/12). Na tribuna, ele demonstrou preocupação com demissões, fechamento de agências e suspensão de programas do Banco do Brasil que beneficiavam agricultores familiares em Mato Grosso do Sul. “Tirar a função social dos bancos vai totalmente contra as políticas que sempre defendemos, porque sabemos que os que mais precisam desses programas são os que menos condições têm”, analisou.

Grandão lembrou que recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), entre outras linhas de financiamento, são indispensáveis para viabilizar a produção dos pequenos produtores em todo o Estado. “Isso é que permite a compra de estufa, respirador de leite, ordenhadeira é só não busca os programas quem realmente já tem uma estrutura de produção”, analisou.

Segundo o deputado, gradativamente as instituições bancárias estão concentrando os lucros na comercialização de produtos, deixando de lado a função social. “Percebemos que a Caixa está indo no mesmo diapasão do Banco do Brasil e corremos o risco de entrar em um processo de equiparar esses bancos aos privados, que tem preocupação maior com o 'cofre'”, lamentou. Para Grandão, a chamada reestruturação dos bancos só agrada ao sistema financeiro e, na prática, representa o sucateamento das instituições. “Fazemos um apelo para que esse governo tenha a sensibilidade de entender que o Banco do Brasil e a Caixa não podem ser preparados para um processo de privatização”.