Empoderamento feminino marca discursos em solenidade na ALMS

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A solenidade na Assembleia Legislativa encerrou o mês da mulher
29/03/2017 - 21:09 Por: Heloíse Gimenes    Foto: Roberto Higa

O mês de março é dedicado às mulheres. Embora seja festivo, é marcado pela busca de igualdade para que a diferença de gênero deixe de ser pretexto para subordinar e inferiorizar a mulher. A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul realizou sessão solene na noite desta quarta-feira (29/3), para homenagear nove personalidades que possuem a trajetória de vida pautada na construção de efetivas condições do exercício de cidadania das mulheres em todos os espaços públicos. A solenidade foi proposta pelas deputadas Mara Caseiro (PSDB), Antonieta Amorim (PMDB) e Grazielle Machado (PR).

A secretária de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho, Elisa Cléia Rodrigues Nobre; a primeira-dama de Campo Grande, Tatiana Martinho Lescano Trad; a titular da Delegacia de Atendimento à Mulher, Ariene Nazareth de Souza; a empresária Cleonice Aparecida Valêncio; a cerimonialista Cacilda da Silva Seraphim; a motorista de ônibus Fátima Aparecida do Nascimento; a empresária e ex-prefeita de Itaquiraí, Sandra Cassone, a agente de saúde Inês Hunhoff e a vereadora Cleisy Maira Paes Souza Milleo foram homenageadas com o troféu Celina Jallad, instituído pela Resolução 03/2011. 

A inserção das mulheres no mercado de trabalho foi uma das tônicas dos discursos. Por meio de sua experiência pessoal, a desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, primeira mulher a ocupar a presidência do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE/MS), disse que a garantia de acesso ao mercado de trabalho deve ser escopo primordial na elaboração de políticas públicas eficientes. “As mulheres precisam assumir os postos de importância nas instituições pública, nas empresas privadas e em todos os segmentos de poder da nossa sociedade. Trata-se de uma tarefa árdua e que demanda muito tempo. O Estado completará 40 anos e esta é a primeira vez que uma mulher assume a presidência do TRE. Embora lento, houve avanço e, hoje, cinco mulheres compõem o Pleno do Tribunal”, destacou.

Sob essa perspectiva, o presidente da Casa de Leis, deputado Junior Mochi (PMDB), chamou a atenção para a participação das mulheres na política. “Hoje temos a representatividade das mulheres no exercício de mandatos eletivos muito aquém da sua importância para o país. Mato Grosso do Sul tem cumprido o seu papel, com a atuação das três deputadas estaduais que têm buscado ações concretas para mudar o lugar das sul-mato-grossenses na sociedade”, ressaltou o parlamentar. Antonieta Amorim concorda que as mulheres precisam alcançar espaços. “Já tivemos vitórias, no entanto, os espaços não foram completamente conquistados. A mulher tem garra, força e está pronta para exercer qualquer posto em grandes empresas e no serviço público”, relatou a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e Combate a Violência Doméstica Familiar.           

Para a 3ª vice-presidente Mara Caseiro, o fato de os homens ainda dominarem os partidos políticos e a sobrecarga que recai sobre a mulher são os principais motivos da pouca presença feminina em parlamentos. “Embora representem 53% do eleitorado, as mulheres ocupam menos de 12% dos cargos eletivos do País. Por isso, defendo que o caminho para superar esse desequilíbrio passe por uma reforma política”.

Segundo a secretária Elisa Nobre, a estrutura administrativa do Governo do Estado e a atual política pública proporcionam o empoderamento das mulheres. “Mato Grosso do Sul se destaca quando o assunto é oportunidade feminina e empreendedorismo. Somando os esforços e as experiências das mulheres, nosso Estado tem avançado a cada dia”, pontuou. 

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