Na Semana do Leite, setor debate com ALMS potencialidades da cadeia produtiva
No Dia Mundial do Leite, comemorado nesta quinta-feira (1/6), os deputados estaduais Junior Mochi (PMDB) – presidente da Assembleia Legislativa, Professor Rinaldo (PSDB), Beto Pereira (PSDB) e Flavio Kayatt (PSDB) receberam representantes da cadeia produtiva do leite para debater as potencialidades do Estado para o setor. O evento faz parte da Semana Sul-mato-grossense instituída pela Lei 4.409/2013, de autoria de Junior Mochi.
“A Semana foi criada para ser um momento de reflexão da importância do leite na alimentação e economia dos sul-mato-grossenses, em que podemos pensar quais são os problemas enfrentados e como é possível geri-los. E é por isso que a Assembleia Legislativa recebe pelo quarto ano esse encontro, para intermediar a conversa entre o setor para que juntos possamos pensar as políticas públicas a serem implementadas”, explicou o presidente Junior Mochi, que sugeriu a criação de um banco de Recursos Humanos para agregar contatos dos trabalhadores do setor e ainda cursos de capacitação a estes profissionais.
Em nome da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite, propositora do evento, o coordenador Lineu Pasqualotto ressaltou que Mato Grosso do Sul está na 15ª posição nacional de consumo do leite, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura ( FAO). “Temos potencial para melhorar essa posição e nos empenhamos ao máximo na Semana para divulgar os produtos dessa cadeia do leite, que pode ser muito sustentável e versátil”, ressaltou Pasqualotto.
O diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Enelvo Felini, comparou a produção de Mato Grosso do Sul ao da Nova Zelândia. “Lá se produz 200 litros de leite por quilômetro quadrado, enquanto aqui são de 25 a 30 litros. O transporte ainda é muito caro. Visamos incentivar mais produtores para o entorno das indústrias para baratear o beneficiamento do produto”, disse Enelvo.
De acordo com a Agraer, o setor industrial também precisa de investimentos. De 20 indústrias que possuem o selo de inspeção federal, para vendas ao mercado nacional, nove estão paralisadas. Das 24 com selo estadual, sete estão sem atividades e com o selo municipal, para vendas no mercado interno, quatro estão paralisadas. “Estamos trabalhando para reverter esse quadro e não perdemos para os outros estados, pois temos indústria para produção de dois milhões de litros”, destacou Felini.
O secretário-adjunto da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Ricardo Senna, também esteve presente no evento e elogiou a cadeia leiteira. “Um estado forte se faz com uma economia robusta, diversificada, com tecnologia e inovação e o setor do leite pode construir isso, levando a competitividade à economia do interior”, disse.
Representando a Superintendência do Banco do Brasil, Haroldo Cortês, disse que os empresários têm cada vez mais o crédito facilitado. “Cerca de 70% dos trabalhadores do campo são da agricultura familiar e nosso objetivo é facilitar a parceria para abertura de crédito para novos investimentos e crescimento”, afirmou. O evento ocorreu na sala da presidência e contou com um café da manhã com leite e derivados oferecido pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite.
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