Palestra na Casa de Leis incentiva doação de medula óssea

Imagem: O professor Carlão, que foi o palestrante da tarde fez transplante da medula no ano passado
O professor Carlão, que foi o palestrante da tarde fez transplante da medula no ano passado
19/06/2017 - 18:24 Por: Juliana Turatti    Foto: Wagner Guimarães

Hoje, são mais de 1.200 pessoas esperando a possibilidade de um transplante de medula óssea, e este número é variável todo o dia. Este dado foi apresentado pelo professor de biologia e presidente do Instituto Sangue Bom, Carlos Alberto Rezende, conhecido como professor Carlão, que ministrou a palestra ‘Mitos e verdades da doação de medula óssea’, na tarde desta segunda-feira (19/6), no Plenarinho Deputado Nelito Câmara.

Carlão tem 52 anos e recebeu o diagnóstico que teria que passar por um transplante em agosto de 2015. “Meu transplante foi no dia 17 de novembro de 2016. Estou fazendo sete meses de uma nova vida”, declarou o professor. Ele explicou também que todo o tratamento foi realizado em Jaú, município do interior do estado de São Paulo, e que mensalmente, durante um ano, ele irá fazer o acompanhamento do transplante. Também esclareceu, ainda, que o uso da máscara é para proteger contra qualquer microrganismo.

Durante a palestra, ele esclareceu a diferença entre medula óssea e medula espinhal e do mito que acaba sendo gerado. “Quando se fala em medula, a pessoa associa medula óssea com medula espinhal. A medula espinhal fica alojada no interior da coluna vertebral e faz parte do sistema nervoso e não tem nada a ver com medula óssea, que nada mais é que o miolo de todos os ossos e que nós conhecemos popularmente por tutano. Esse é o grande mito e que afasta as pessoas da doação, porque associam as duas medulas e imaginam que para ser realizado um transplante é necessário, por exemplo, cortar ou perfurar a coluna com algum objeto e isso é um mito”, ressaltou Carlão.

“Por meio da experiência do professor Carlão, que é motivadora, um resultado positivo, resultado de vida e nos sensibiliza muito, foi possível mostrar a importância de ser doador de sangue e de medula óssea. Nós podemos ajudar e contribuir muito, a palestra é uma maneira de conscientização”, justificou a coordenadora da campanha ‘Doar Sangue é um Gesto de Humanidade’, Ignez Stephanini.

Para o professor, a sua experiência trouxe a oportunidade para ajudar. “Eu vi que minha missão era de esclarecer para as pessoas que sou prova viva de que uma gota de sangue salva uma vida sim. E assim nasceu o Instituto Sangue Bom, porque o ato de doar deve ser contínuo e é um gesto de amor muito importante. Não espere que alguém próximo ou até mesmo você precise para ser doador”, afirmou.

Campanha ‘Doar Sangue é um Gesto de Humanindade’ - é uma parceria da Assembleia Legislativa com a Rede Hemosul-MS, que tem como objetivo incentivar a doação entre os servidores do Legislativo, que será realizada no dia 22 de junho, próxima quinta.

Saiba mais - O Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) foi criado em 1993, em São Paulo, para reunir informações de pessoas dispostas a doar medula óssea para quem precisa de transplante. Desde 1998, é coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), no Rio de Janeiro. De acordo com as informações do site, para se tornar um doador de medula óssea é necessário, ter entre18 e 55 anos de idade, estar em bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante, não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico. E esclarece ainda que ter algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.

Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.