Orro pede cautela em abordagens à paisana e deputados defendem PM

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Para Orro, policiais devem ter cautela com excessos em abordagens fora do expediente
27/06/2017 - 12:46 Por: Fernanda Kintschner    Foto: Victor Chileno

A atuação policial fora do horário de serviço, sem o uso de fardas ou equipamentos de identificação, foi alvo de debate durante sessão na Assembleia Legislativa desta terça-feira (27/6). O deputado Felipe Orro (PSDB) ocupou a tribuna para questionar suposto excesso por parte de um policial em Campo Grande, ao abordar jovens que teriam cometido uma infração de trânsito.

“Os garotos de 20 e poucos anos alegaram que o policial saiu atirando e eles assustaram. Convenhamos que se alguém te aborda com uma arma, sem farda, como você vai adivinhar que é um policial à paisana? Poderia ser um bandido. Atirar por uma infração de trânsito não precisava. Podia ter anotado a placa, chamado a polícia e não agir sozinho, deixando clima de insegurança tanto para quem está na rua, quanto para o próprio que porta a arma”, afirmou Orro.

Para o deputado, é preciso ter responsabilidade. “Estou falando de casos pontuais em que há excessos. Não estou discutindo a culpa ou não dos jovens, nem estou aqui para depreciar a polícia, mas pelo contrário, os policiais precisam ser mais valorizados, para que tenham mais operações, com todo o aparato e segurança que a situação exige. Isso foi um ato isolado, eu não conheço nenhuma das partes, mas que pode deixar mais pais preocupados e que podem proibir seus filhos saírem de casa, causando um temor desnecessário”, alertou.

Os deputados Cabo Almi (PT) e Coronel David (PSC) enalteceram a atuação da Polícia Militar (PM). “Não vou julgar quem estava certo ou errado, mas policial é policial é 24 horas por dia, dentro ou fora do expediente. Engraçado que quando ele está de folga e evita um assalto ele é elogiado e quando faz isso na corporação não. Agora se errar vão julgá-lo. Só quem vive o momento sabe como funciona, ele teve que tomar uma decisão”, disse Almi. “A sociedade é muito hipócrita, porque pensa primeiro em Deus e depois na polícia. Em Pernambuco, um policial interveio em um assalto em dia de folga e matou o bandido. Até hoje ele está preso por isso. Se continuar assim o povo ficará entregue aos bandidos”, criticou David.

Taxa da Cosip

Encerrando o debate, o deputado Felipe Orro ainda ocupou seu tempo em tribuna para cobrar da Prefeitura de Campo Grande maior controle sobre a taxa Contribuição para Custeio da Iluminação Pública (Cosip). O Ministério Público questiona o contrato de R$ 33,8 milhões e as mais de 16 mil lâmpadas compradas que ainda não foram instaladas.

“Como que o prefeito não sabe ao certo quantas lâmpadas tem? Não podemos ter taxas bancando concessionárias, em que o público está pagando um valor muito alto e não tendo qualidade. A prefeitura precisa assumir o serviço de iluminação, a população vai pagar menos e ganhar mais. Chega de terceirização, vamos cobrar transparência para a taxa de serviço”, finalizou o deputado. 

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