Zé Teixeira critica ineficiência do Governo Federal para resolver conflito no campo

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Deputado Zé Teixeira: "É preciso dar um basta a essa onda de violência"
01/08/2017 - 12:50 Por: Fabiana Silvestre    Foto: Victor Chileno

O 1º secretário da Assembleia Legislativa, Zé Teixeira (DEM), foi à tribuna da Casa de Leis criticar a falta de providências do Governo Federal para solucionar os conflitos no campo em Mato Grosso do Sul. Durante a sessão plenária desta terça-feira (1/8), o deputado qualificou como "gravíssima" a situação na região de Caarapó, município a  273 quilômetros de Campo Grande.

Segundo ele, indígenas cercaram a sede da fazenda Santa Maria, na saída para Laguna Carapã, mas recuaram após a chegada de homens da Força Nacional, que estão na cidade desde junho do ano passado, e de policiais militares do destacamento de Caarapó. Após a tentativa frustrada de invasão, bloquearam a MS-280, que liga o município a Laguna Carapã e divide a reserva das propriedades invadidas.

"A violência está acontecendo à luz do dia e ninguém faz nada. Acabou a ordem, a moral e a família. A Constituição não está sendo cumprida. Onde já se viu um índio dar prazo para o produtor deixar a sua propriedade? Onde nós estamos?", questionou o deputado. Zé Teixeira disse que é preciso dar um basta à insegurança nas regiões de conflito. "Soubemos que há grupos incentivando as invasões e há pessoas pedindo dinheiro para sair das terras", denunciou, cobrando providências da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

O deputado analisou que o conflito histórico entre indígenas e produtores rurais continua e o clima é de tensão em áreas produtivas do Estado. "A situação está crítica em outros locais, como no anel viário em Dourados, gerando uma onda de medo no campo e comprometendo justamente o setor que é o mais produtivo", disse Zé Teixeira, se referindo ao agronegócio. No último dia 9 de julho, o  juiz Jânio Roberto dos Santos, da 2ª Vara da Justiça Federal de Dourados, determinou a reintegração de posse na fazenda Yvu, em Caarapó, onde no dia 14 de junho foi morto o agente de saúde indígena kaiowa Clodiodi de Souza, de 26 anos. Na mesma ocasião, seis foram baleados e três policiais ficaram feridos.

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