Grandão solicitará informações sobre a oncologia de Dourados

Imagem: A reunião foi realizada no plenarinho da Assembleia Legislativa
A reunião foi realizada no plenarinho da Assembleia Legislativa
15/08/2017 - 18:56 Por: Juliana Turatti    Foto: Wagner Guimarães

Nesta terça-feira (15/8), uma reunião debateu os problemas de atendimento aos pacientes de oncologia nos hospitais de Dourados na Assembleia Legislativa. Após licitação realizada pela Secretaria de Saúde do município, os pacientes em tratamento estão sendo encaminhados para outros centros. Quem ganhou a licitação foi o Centro de Tratamento de Câncer de Dourados e quem dá o suporte para o CTCD é a Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems).

No encontro, ficou definido que serão enviados requerimentos para a direção da  Cassems, para que informe se há possibilidade de atendimento em até seis meses e para o Governo do Estado, solicitando informações sobre o funcionamento do Conselho Estadual de Saúde, que consta como inativo.

Também serão solicitadas informações sobre a forma como foi realizada a homologação da licitação e ainda sobre o aparelho de radioterapia, que era destinado para Dourados, e que não chegou à unidade. O deputado João Grandão (PT), proponente da reunião, disse que em 15 dias pretende se reunir com o Ministério Público Estadual para que todas essas questões sejam esclarecidas. “Estamos lidando com um assunto delicado, porque vidas estão envolvidas. Nossa intenção não é resolver todos os problemas, mas realizar os encaminhamentos que apresentem resultados possíveis”, alertou o parlamentar.

O presidente da Associação de Combate ao Câncer da Grande Dourados (ACCGD), Hédio Fazan, falou da situação no município. “O Hospital do Câncer de Dourados está abandonado. Nosso intuito hoje é mostrar como está a oncologia em Dourados. Estamos numa situação muito difícil”, afirmou.

“Como é possível quem ganhou o processo licitatório não estar habilitado, não preencher os requisitos? A estrutura que está sendo disponibilizada não atende nossas necessidades”, questionou o vereador de Dourados, Pedro Pepa (DEM), que é presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal.

Já o vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul, Ricardo Alexandre Bueno, ressaltou a necessidade de resultado rápido para o problema. “Precisamos de uma solução imediata para salvar o povo que vem sofrendo há muito tempo quando o assunto é saúde”.

“Quero reforçar que o Estado foi contrário à licitação e sugeriu que a Prefeitura mantivesse o contrato com o Hospital Evangélico para que os pacientes não ficassem desassistidos”, falou Gabriela Crespi, que representou a Secretaria de Estado de Saúde na reunião.

O diretor da rede hospitalar da Cassems, Flávio Stival, destacou o que está sendo feito. “A falta de atendimento é crônico. Nosso objetivo é ajudar e estamos trabalhando para isso. A Cassems está tentando fazer algo para solucionar o problema. Estamos ampliando e adequando o hospital para poder atender melhor”, registrou Stival.

“O Hospital Evangélico auxilia no que pode para que a parte mais frágil dessa história, que são os pacientes, não sejam ainda mais prejudicados”, informou o superintendente do hospital, Publio Eugênio de Castro Vasconcelos.

E, ainda, o deputado Zé Teixeira (DEM) falou da necessidade de investimentos. “O problema é financeiro e o povo que está pagando com essa situação. Sem investimentos as dificuldades vão continuar”, avaliou o parlamentar.

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