Projeto de Felipe Orro dispõe sobre captação de água da chuva em casas populares

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22/03/2011 - 12:04 Por: João Prestes    Foto: Portal ALMS

Projeto de lei apresentado na sessão desta terça-feira (22) pelo deputado estadual Felipe Orro (PDT), obriga a instalação de sistema de captação de águas da chuva para consumo não potável em todas as construções habitacionais que tenham subsídios da administração pública federal, estadual e municipal. Lembrando que hoje é comemorado o Dia Mundial da Água, Felipe Orro destacou que Mato Grosso do Sul vive uma situação sui generis: enquanto a água potável está cada vez mais cara, chove em abundância provocando alagamentos, enchentes, destruição de rodovias e ruas.

“Em menos de três meses já choveu 871 milímetros em Campo Grande, conforme dados do Laboratório de Meteorologia da Universidade Anhanguera/Uniderp. Isso significa derramar 871 litros de água em apenas um metro quadrado de água. E toda essa água está sendo desperdiçada, enquanto as famílias usam água potável, tratada, cara, para lavar roupas, lavar o carro, lavar calçadas. Isso é no mínimo um contra-senso.”

Felipe Orro argumenta que um sistema de captação de água da chuva teria um custo irrisório, comparado aos benefícios diretos ao meio ambiente e à economia popular. “Imagina o quanto de água seria captada na cobertura de apenas uma casa, considerando o quanto choveu neste ano? O telhado de uma casa popular tem cerca de 40 metros quadrados de área. Multiplica isso por 871, dá mais de 34 mil litros de água. Molhar a grama, limpeza em geral, até na descarga pode ser utilizada. Imagina o ganho para o meio ambiente”, frisou.

No seu entender, a lei pode, inclusive, ser ampliada para abranger construções particulares. “O próprio cidadão vai querer instalar um sistema desses quando ver o quanto vai economizar na conta de água”. O sistema pode ser simples, composto de calhas, encanamento e uma caixa d'água fixada um pouco acima do nível do chão, para dar pressão à vazão. “O custo desse material é irrisório perto do benefício que gera”, concluiu Felipe Orro.
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