Felipe Orro compara impacto da BR-419 para Aquidauana e Anastácio à chegada do trem

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09/05/2013 - 08:06 Por: João Prestes    Foto: Marcos Quinhonez

A pavimentação da BR-419 – rodovia que se estende entre o baixo e o alto Pantanal por 233 quilômetros desde Rio Verde até Aquidauana – terá impacto econômico idêntico à chegada da estrada de ferro nas cidades pantaneiras, na comparação feita pelo deputado estadual Felipe Orro (PDT). “Em 1920, o trem simbolizou para os moradores de Corumbá, Miranda, Aquidauana, a saída do isolamento e uma vasta perspectiva de crescimento econômico. Era o progresso chegando e transformando tudo, como de fato ocorreu. Mas infelizmente o trem se foi, a estrada de ferro está sucateada e o progresso mudou de eixo, ficamos parados no tempo. Agora temos a oportunidade de recolocar as cidades pantaneiras no trilho do desenvolvimento com a pavimentação da BR-419”, disse Felipe Orro.

A pavimentação da BR-419, um sonho que começou a tomar volume na mesma proporção em que definhava o trem do Pantanal, está prestes a se tornar realidade. Em sua recente vinda a Mato Grosso do Sul, no dia 29 de abril, a presidente Dilma Rousseff prometeu analisar o projeto executivo já elaborado pelo governo do Estado e destinar recursos para iniciar a obra. Com esse gesto, no entender do deputado, chegou ao fim uma luta de décadas que mobilizou lideranças políticas e embalou o sonho de toda população das cidades contempladas.

“Meu tio, o ex-governador José Fragelli, já defendia a pavimentação da BR-419 nas décadas de 70 e 80. Aliás, foi nessa época que a rodovia foi federalizada, prevendo exatamente o alto custo da obra e a necessidade de se aportar dinheiro da União. Muitas outras vozes têm defendido essa bandeira ao longo dos anos, e não posso me esquecer do saudoso Clealdon Alves de Assis, o Baiano, que liderou uma campanha pública nos meios de comunicação e onde fosse possível defendendo a obra. Tanto que foi lembrado para nominar a rodovia, o que considero justo.”

O próprio Felipe Orro, quando vereador entre 1997 e 2000 e prefeito de Aquidauana de 2001 a 2008, fez da pavimentação da BR-419 uma de suas principais bandeiras. "Como prefeito fiz o que estava ao meu alcance: audiências públicas, fui a Brasília várias vezes pedir o empenho dos deputados e senadores, lembro que quando o Zeca era governador, o irmão dele, vereador Osório, fez uma reunião grande em Aquidauana para discutir a saída ao Pacífico e a pavimentação da BR-419 fazia parte desse grande projeto para viabilizar os portos de Corumbá e Porto Murtinho", conta Felipe Orro.

Houve um momento em que a rodovia esteve muito perto de ser pavimentada. O deputado lembra que Ramez Tebet era presidente do Senado, em 2002, e esteve em Aquidauana para tratar do assunto. "O Ramez prometeu se empenhar para incluir essa obra no Orçamento da União. Foi uma boa notícia, mas, enfim, por uma série de circunstâncias o sonho foi adiado novamente".

Como deputado estadual, uma das primeiras medidas de Felipe Orro foi defender a pavimentação da BR-419. Fez isso em pronunciamento da Tribuna da Assembleia, já na primeira sessão legislativa, quando discursou representando os pequenos partidos. No dia 29 de junho de 2011, Felipe Orro formalizou pedido ao governador André Puccinelli para asfaltar a rodovia. "Esta obra será de suma importância para estabelecer uma alternativa de ligação entre o Norte e o Oeste do Estado", argumentou na época.

Em outubro daquele mesmo ano, Felipe Orro foi informado pelo governador André Puccinelli que o Estado havia decidido bancar o custo do projeto executivo, exigência do governo federal para aprovar a obra. Esse projeto demorou mais de seis meses para ser concluído, devido às peculiaridades da região, e será agora analisado pela presidente Dilma Rousseff.

Além da pavimentação da BR-419, que por si só já representa um investimento transformador para toda a regão, Felipe Orro já se adiantou e pediu outras melhorias complementares, como o término da pavimentação da Estrada-Parque Palmeiras a Piraputanga e os acessos aos distritos de Taboco, em Corguinho, e de Cipolândia, em Aquidauana. "São trechos curtos, 10, 20 quilômetros, mas que são fundamentais para levar o progresso, de fato, às populações desses distritos, já que a rodovia não passa por dentro dos povoados. Por isso apresentamos indicação neste sentido ao governo do Estado, que se prontificou de imediato a estudar o caso", completou.

A BR-419 liga Rio Verde, na região Norte, a Aquidauana e Anastácio, no Oeste do Estado. Aberta na década de 70 pelo então governador Fragelli, a rodovia tem a missão de encurtar a distância entre essas cidades em mais de 150 quilômetros, além de servir, em seu trajeto de 233 quilômetros, a uma vasta região de povoamento antigo onde se instalaram inúmeras pousadas devido ao potencial turístico do local. De Anastácio a BR-419 segue até Jardim, onde se encontra com a BR-060. Nesse trecho já é pavimentada.
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