Bancada petista se posiciona frente à crise econômica atual
Os deputados petistas se posicionaram no sentido de ampliar o debate e refletir sobre a necessidade de ajustes necessários para o País continuar cresc
03/03/2015 - 12:21
Por: Daniel Machado
Foto: Wagner Guimarães
Em resposta ao pronunciamento do deputado Paulo Corrêa (PR), que no Grande Expediente criticou a diretriz econômica de aumento nos preços da energia, de combustíveis e elevação da carga tributária no início do segundo mandato da presidenta Dilma, todos os deputados petistas se posicionaram no sentido de ampliar o debate e refletir sobre a necessidade de ajustes necessários para que o País continue a mudança no rumo da superação das desigualdades iniciada nos últimos 12 anos.
Em aparte, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) relembrou que nos últimos anos o Governo Federal atuou no sentido de desonerar a carga tributária afim de manter o crescimento do País e que um ajuste fiscal seria uma medida necessária e até certo ponto natural em um momento de queda da arrecadação e recessão mundial.
“É preciso relembrar que esse Governo tomou várias medidas de desoneração da folha de pagamento, redução do IPI dos veículos, da linha branca, até mesmo a energia que hoje tem seu custo aumentado sofreu deflação de 18% nos últimos dois anos nosso estado”, disse.
O deputado João Grandão chamou a atenção também para a reflexão sobre a remarcação do preço de alguns itens fundamentais na mesa do brasileiro, como a carne, que nos últimos anos sofreu uma ação mercadológica.
“O Brasil sempre foi um país de forte exportação no setor primário e o que tem gerado essa alta de preços é a prevalência da oferta na exportação e a consequente escassez dos produtos para o mercado interno. Isso não é culpa somente do governo, precisa ser discutido com os empresários também”, disse.
O deputado fez um convite aos presentes na sessão para uma análise sobre o crescimento do poder de compra do salário mínimo nos últimos 12 anos. “Quantos litros de gasolina se comprava com um salário mínimo em 2002? E hoje? Quantos pacotes de arroz”?
Grandão destacou, ainda, os fundos constitucionais, como o FCO, que antes do Governo Lula eram restritos ao meio rural e agora passam a financiar também os pequenos empreendimentos urbanos e a estimular o desenvolvimento de maneira global.
“Hoje 51% das pequenas empresas beneficiadas com esses fundos estão nas cidades, com um juro indexado que passou para fixo de 5,5% ao ano”.
Nas explicações pessoais, o deputado Cabo Almi também se pronunciou. “Acho que temos de trazer essa discussão cada vez mais para esta Casa, mas reitero o argumento dos colegas parlamentares que dificilmente um presidente ou governador ou prefeito inicia um mandato sem fazer os ajustes necessários, até para que possa ter o controle da economia e que o remédio amargo no começo possa refletir na melhoria da qualidade de vida do seu povo”, disse.
De acordo com ele, o Estado tem de assumir sua parcela de responsabilidade para a redução da carga tributária e dos produtos industrializados.
“Temos que discutir a redução do ICMS do diesel e de outros tributos estaduais e ações de incentivo ao desenvolvimento dos sul-mato-grossenses. Não é certo atirar pedra na presidenta Dilma, pois todos os entes federativos tem responsabilidade e precisam fazer sua parte nesse momento”.
As matérias no espaço destinado à Assessoria dos Parlamentares são de inteira responsabilidade dos gabinetes dos deputados.