Aprovado projeto do deputado Lidio Lopes que obriga a ter dentistas em UTIs

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Deputado defende monitoramento 24 horas a pacientes
02/05/2017 - 14:58 Por: Ana Rita Chagas    Foto: Ana Rita Chagas

Os deputados da Assembleia Legislativa aprovaram, em primeira votação, nesta terça-feira (2), o projeto de lei do deputado estadual Lidio Lopes (PEN) que dispõe sobre a obrigatoriedade da presença de profissionais de odontologia nas unidades de terapia intensiva no Estado de Mato Grosso do Sul.

Pela matéria, fica obrigatória a presença de profissionais de odontologia na equipe multiprofissional das unidades de Terapia Intensiva- UTI, em todos os hospitais públicos ou privados de Mato Grosso do Sul, para os cuidados da saúde bucal dos pacientes. "Ele precisa ter o monitoramento 24 horas, sendo necessários os cuidados com a boca durante toda a permanência na unidade", disse o deputado Lidio Lopes.
De acordo com a proposta, caberá ao profissional de odontologia, o atendimento preventivo e de emergência aos pacientes internos nas referidas unidades.

Conforme o deputado Lidio Lopes, o projeto tem a intenção de aprimorar os cuidados prestados aos pacientes internados em hospitais e clínicas, tendo em vista os dados já comprovados de que, a falta desse profissional nas Unidades de Tratamento Intensivo tem contribuído para o aumento de mortes nos leitos de UTIs de todo o país. “Vale informar que grande parte da nossa população apresenta doença periodontal crônica após os 45 anos de idade, isso faz com que esses indivíduos apresentem “bolsas”, ou seja, nichos na gengiva, onde se acumulam restos de alimentos e bactérias, que ali encontram o meio ideal para a proliferação, se não forem eliminados, por meio de curetagem, polimento coronário e outros procedimentos terapêuticos”, explica o deputado, ressaltando a importância da proposta.

Segundo Lidio Lopes, pesquisas mostram que a proliferação de bactérias, há anos, tem levado a óbito pacientes em UTIs de todo país que chegam às unidades hospitalares com o organismo imunocomprometido. “Este projeto quer atender uma situação emergencial, quer eliminar a situação de risco iminente de morte pela qual tem passado milhões de brasileiros. Muitos pacientes ficam internados por um período prolongado, a intenção é não deixá-los na UTI imunocomprometidos”, concluiu Lidio Lopes.
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