Governador e equipe são homenageados pelo empenho no combate à aftosa

Imagem: Governador entre Marcio Fernandes e Laucídio Coelho
Governador entre Marcio Fernandes e Laucídio Coelho
04/08/2008 - 15:03 Por: Fabio Pellegrini    Foto: Marco Miatelo

O governador André Puccinelli, a secretária de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa e o diretor-presidente da Iagro, Roberto Bacha, foram homenageados na noite de sábado (2), durante evento acontecido na Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), na Capital.

A homenagem, prestada pelos criadores, foi em alusão ao aval sanitário retomado por Mato Grosso do Sul durante a semana junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que agora retomará suas exportações para o mercado europeu.

O deputado Marcio Fernandes, em seu discurso elogiou o ótimo trabalho que o governador e toda sua equipe têm prestado nesse seguimento. Quase três anos após perder o status de área livre da febre aftosa com vacinação, Mato Grosso do Sul reconquistou a certificação, resultado de “trabalho conjunto” que deve ampliar o mercado para a carne bovina de Mato Grosso do Sul, conforme o governador.

Com o segundo maior rebanho de bovinos de corte do País, Mato Grosso do Sul tem no agronegócio o maior alicerce econômico. Em outubro de 2005, o Estado foi surpreendido pela ocorrência de febre aftosa no rebanho bovino de municípios na fronteira com o Paraguai (Eldorado, Mundo Novo e Japorã). Na época, 1.268 propriedades foram interditadas e 34.332 animais sacrificados, trazendo transtornos e prejuízos aos produtores da região e do Estado, não só pelas medidas sanitárias executadas, como pelas restrições comerciais e desaceleração econômica instalada.

Já no atual governo, uma série de procedimentos técnicos foi tomada por determinação do Ministério da Agricultura (Mapa), com objetivo de baixar a carga viral circulante e instalar um processo de gestão sanitária na fronteira, transformada em Zona de Alta Vigilância Sanitária (ZAV).

Na seqüência também se procederam outras ações, entre as quais se destacam: vacinação assistida de todos os animais de 0 a 12 meses nos municípios de fronteira; vigilância sanitária ostensiva em todas as propriedades na faixa de fronteira, por meio de barreiras volantes; recadastramento de todas as propriedades nos municípios daquela região; identificação individual de todos os animais susceptíveis à febre aftosa nos municípios de Eldorado, Mundo Novo e Japorã; reestruturação e reativação de 16 postos fixos da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), além da instalação de unidades de fiscalização móveis; sorologia foi realizada em todo o Estado; o trânsito de animais ficou restrito e foi realizada a atualização cadastral de todas as propriedades rurais nos municípios da fronteira.

Além disso, também foram intensificados os trabalhos de vacinação oficial assistida contra a febre aftosa nos municípios de Eldorado, Japorã e Mundo Novo; realização de embarque oficial acompanhado das cargas de animais com origem nos municípios de fronteira; incremento das ações de educação sanitária na região de fronteira, em articulação com os conselhos municipais de saúde animal, prefeituras municipais, associações de classe e universidades; viabilização de recursos junto ao governo federal, Medida Provisória de R$ 45 milhões, para indenizações dos animais abatidos e para a execução de ações de defesa e vigilância sanitária.

Visando dar assistência aos produtores daqueles municípios, foi criada uma linha especial de crédito junto ao Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) para adequação do sistema de produção pecuário na região de fronteira; o governo estadual adquiriu lanchas, veículos e containers para os trabalhos de fiscalização na ZAV, totalizando 53 veículos; foram admitidos 50 novos servidores (sendo desses 25 médicos veterinários, e os demais agentes de serviços agropecuários - nível médio) para atuar na Iagro; também foram contratados, por excepcionalidade, 176 agentes agropecuários - nível médio - para atuação exclusiva na ZAV.

Antes mesmo de conseguir a certificação da OIE nesta semana, Mato Grosso do Sul já havia recuperado alguns mercados, como Egito e Iraque. O próximo passo será obter o reconhecimento da União Européia, o que se espera acontecer até o fim do ano.

Em maio a OIE devolveu o status de livre da febre aftosa aos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal. Restou apenas Mato Grosso do Sul sem a certificação. Desde então, as autoridades se esmeraram para comprovar que o Estado cumpriu com as normas exigidas e merece o certificado.
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