Movimento contra monopólio de frigoríficos elabora Carta de Campo Grande

Encabeçado pela Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), o Movimento Nacional contra o Monopólio dos Frigoríficos reuniu nessa segunda-feira (14/5) diversas entidades que aderiram à campanha para elaboração da Carta de Campo Grande. O documento, que será encaminhado à Frente Parlamentar do Agronegócio no Congresso Nacional pedindo providências quanto ao que eles chamam de “monopólio dos frigoríficos”, foi apresentado na noite de ontem.

Como presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Políticas Rural, Agrária e Pesqueira, o deputado estadual Marcio Fernandes (PTdoB), vice-líder do governo, representou a Assembleia Legislativa. Há poucos dias, o deputado já havia enviado um ofício solicitando providências também ao CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

A secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, demonstrou preocupação quanto ao emprego, com base em suspeita de que as grandes indústrias frigoríficas têm adquirido os pequenos e médios para manterem fechados.

Segundo Tereza Cristina, alguns municípios têm frigorífico como importante ou principal gerador de mão-de-obra.

A Carta de Campo Grande foi elaborada previamente à reunião com produtores, parlamentares das bancadas federal e estadual e vereadores, na qual foi apresentada. Compartilham a mesma preocupação entidades de outros Estados, como a Acrimat (Associação de Criadores de Mato Grosso).

O encontro dessa segunda, na Acrissul, contou ainda com representantes da SFA (Superintendência Federal da Agricultura em Mato Grosso do Sul), da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), entre outras. O governo do Estado foi representado pela secretária Tereza Cristina.