Assembleia Legislativa realiza evento em comemoração ao Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita
11/06/2013 - 17:21
Por: Eduardo Penedo
A ideia surgiu há algum tempo, desde que o Mato Grosso do Sul se tornou o primeiro Estado da federação a exigir a obrigatoriedade do Teste do Coraçãozinho (oximetria de pulso) nos recém-nascidos. Esse pioneirismo se deu pela Lei n° 4.131/11 de autoria do deputado Marcio Fernandes.Conforme o projeto, hospitais e maternidades seja do SUS (Sistema Único de Saúde), de convênios médicos ou da rede particular tem a obrigatoriedade realizar o Teste do Coraçãozinho.
Logo após, o café da manhã, a voluntária do Núcleo MS da Associação de Assistência à Criança Cardiopata - Pequenos Corações, Liliane Caramel, vai ocupar a tribuna do plenário para frisar a relevância de se realizar o exame,diagnosticando precocemente a doença.
Liliane é voluntária do "Pequenos Corações", desde 2011, quando passou a contribuir com a Associação, após perder o filho vítima de doença cardíaca com dois dias de vida. “Eu sempre fui solidária e desde 2011estou a frente da AACC- Pequenos Corações. Nós já ajudamos várias mães, mas ainda hoje a população e os próprios médicos desconhecem o nosso trabalho. Aqui em Mato Grosso do Sul, nós já temos o teste da oximetria de pulso obrigatório, tanto na saúde da rede pública, como na rede privada do estado. Acredito que estamos conseguindo avançar”, ressalta Liliane.
O deputado Marcio Fernandes enfatiza que o teste do coraçãozinho é simples, indolor, e não invasivo, diagnosticando precocemente algum problema congênito no coração, sendo assim indicativo de exame de ecocardiograma. “Fico feliz em poder garantir aos recém-nascidos o direito do teste do coraçãozinho.Com o diagnóstico precoce poderemos salvar muitas vidas. Tenho certeza que o maior tesouro de um homem são seus filhos. Espero contribuir ainda mais para ajudar as famílias sul-mato-grossenses”.
O médico pediatra Dr. Alberto Jorge Costa, explica que o teste do coraçãozinho pode ser feito já nas primeiras horas de vida do bebê e assim verificar se existe alguma cardiopatia congênita ou diminuição da saturação do oxigênio arterial. Ele lembra que, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), as cardiopatias congênitas representam cerca de 10% dos óbitos infantis e cerca de 20 a 40% dos óbitos decorrentes de más-formações. “O diagnóstico precoce é fundamental para salvar a vida de uma criança evitando doenças como a tetralogia de Fallot. O melhor diagnóstico destas cardiopatias poderá ajudar na redução da mortalidade neonatal”, finaliza o pediatra.
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