Deputado conquista “licença” para diagnóstico de mormo em MS
01/03/2017 - 17:54
Por: Wanessa Derzi
Foto: Marco Miatelo
De acordo com a Iagro, em abril de 2015, foi relatado o primeiro caso de mormo no Estado, até hoje foram 42 notificações, 11 focos e três casos judicializados. Desde então os laboratórios que já eram credenciados no Mapa entraram com o processo para conseguirem autorização para realizarem os exames de diagnóstico de mormo.
Receberam esta “licença”, dois laboratórios credenciados pelo Mapa que já estavam na etapa de auditoria documental e “in loco”, como o laboratório Signori de Amambai e o laboratório Lagrovet de Glória de Dourados.
Segundo o médico veterinário, responsável pela Lagrovet, José Aparecido Sanchez Martinez, o procedimento durou cerca de dois anos. “Foi um processo que exigiu muita dedicação, mas compreendo a rigorosidade, afinal é um assunto sério, tivemos muitos aliados nessa caminhada, e o deputado foi um grande parceiro desta causa”, explica.
Como presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Políticas Rural, Agrária e Pesqueira, Marcio Fernandes que também é médico veterinário, comemora a conquista. “Era inaceitável um Estado movido economicamente pela agropecuária, não ter um laboratório que realizasse exames para diagnóstico do mormo. Fico feliz em ter contribuído para este avanço, afinal além de ser uma preocupação pela praticidade dos criadores, é também pelo fato do mormo ser uma zoonose, ou seja, atinge seres humanos”, destaca o deputado, que em janeiro deste ano se reuniu com criadores e responsáveis de laboratórios credenciados no Mapa para ouvir esta reivindicação.
Com esta conquista, os exames de mormo que devem ser realizados a cada 60 dias no animal, agora deve ficar mais acessível e rápido, tendo em vista que antes, eram levados a São Paulo o que além de tornar o trâmite demorado, já que o resultado sai com aproximadamente 10 dias, também onera o custo para o criador.
Mormo
O Mormo é causado pela bactéria Burkholderia Mallei, atinge os eqüídeos (cavalos, burros e mulas) e pode ser transmitida ao homem. Manifesta-se por um corrimento viscoso nas narinas e a presença de nódulos subcutâneos, nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, pneumonia e etc. A mortalidade dessa doença é muito alta.
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