Casal indígena confirma retenção de cartões e Picarelli pede intervenção policial

31/03/2005 - 21:26 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>O casal que foi ameaçado por denunciar a venda de terras e a retenção de cartões de aposentadoria por alguns comerciantes de Dourados, Rubens Rocha e Claudemira Rocha, da aldeia Jaguapirú, prestaram depoimentos à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da desnutrição e mortalidade infantil indígena, presidida pelo deputado estadual Maurício Picarelli (PTB). A Comissão investiga causas e responsabilidades da desnutrição e mortalidade infantil nas aldeias do Estado. </FONT></P><P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2></FONT> </P><P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Segundo eles a ameaça aconteceu por parte de Faustino Reginaldo, que seria um tipo de “xerife” dentro da aldeia. Isso porque ele e outros indígenas teriam denunciado alguns comerciantes que retém o cartão para garantir o pagamento das mercadorias retiradas pelos índios. “Ele veio no meu barraco e disse que se os deputados e a deputada Bela Barros fossem até nossas terras, muita coisa podia nos acontecer”, contou ele. </FONT></P><P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2></FONT> </P><P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Picarelli questionou se existem mais índios na mesma situação e ele confirmou que tem muitos índios passando pelo mesmo problema. Rubens relatou que existe na Funai (Fundação Nacional do Índio) uma caixinha com os cartões, e que o dono do mercado retira próximo do pagamento e depois devolve ao mercado. A sua afirmação levantou dúvidas sobre o envolvimento da Fundação neste caso. O vereador Paulo Henrique Bambu (PSC), de Dourados, que auxilia nas investigações, disse que o nome do mercado que retira o cartão do casal é Mercado Calheiros. </FONT></P><P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2></FONT> </P><P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Durante o depoimento Rubens se emocionou e chorou frente aos deputados. “Está difícil continuar na aldeia e por isso eu vou para a aldeia Taguará”, falou o índio. Picarelli pediu cobertura por parte da Polícia Civil que estava presente na audiência, na pessoa do delegado Fabiano Nagato, e ainda da DOF (Departamento de Operações da Fronteira) para o retorno do casal à aldeia. “Eu peço proteção e que a polícia tome a providência para que os possíveis ameaçadores, este Faustino e o dono do mercado sejam intimados pela polícia para um ajustamento”, repreendeu Picarelli. </FONT></P>
As matérias no espaço destinado à Assessoria dos Parlamentares são de inteira responsabilidade dos gabinetes dos deputados.