Índios dizem à CPI que fome vai além da doação de cestas básicas

31/03/2005 - 22:55 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Em audiência realizada no Plenarinho da Assembléia Legislativa nesta quinta-feira (31), líderes da Comissão de Direitos Indígenas Kaiowá-Guarani prestaram depoimentos demonstrando preocupação em resolver os problemas que assolam as aldeias do Estado. Conforme Anastácio Peralto e Nito Nelson, apenas a doação mínima de cestas básicas e remédios não resolve o problema; é preciso um estudo antropológico, além de um acompanhamento espiritual. </FONT></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>"Faz parte da cultura kaiowá-guarani plantar seu alimento, enquanto não existir uma política estruturada que divida a terra de maneira séria e organizada, não haverá paz e sendo assim as mortes continuarão", explicou Anastácio.</FONT></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>A estrutura espiritual e ética entre os índios é algo preocupante, já que, as moças das aldeias têm engravidando para receber comida e quando percebem que os pais de seus filhos não se importam com as crianças elas deixam de alimentar os bebês como forma de vingança. "Isso é realidade", desabafou Nito. </FONT></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>A CPI avaliou os depoimentos dos líderes indígenas e também do casal Rubens Rocha e Claudemira Rocha, que confirmou a retenção de cartões de aposentadoria por parte de comerciantes em Dourados. Para o presidente Maurício Picarelli, a audiência foi positiva e abriu caminhos para novas investigações.</FONT></P>
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